O trabalho do Parque Mineiro de Aljustrel, em conjunto com associações locais, para a preservação do património da mineração vai ser apresentado na II Conferência Internacional «Património e Paisagem Cultural da Mineração», marcada para 5 e 6 de Outubro, na Mina de Herrerías, em Puebla de Guzmán (Huelva), Espanha.
A experiência daquele Parque Mineiro do Alentejo vai ser apresentada por Marcos Aguiar, no âmbito da sessão dedicada às «Políticas e ações sobre a conservação e apresentação do património e paisagem cultural da mineração».
A conferência é organizada pela Associação Herrerías e pela APPI Associação Portuguesa para o Património Industrial, que é o representante português do TICCIH (The International Committee for the Conservation of the Industrial Heritage).
O Parque Mineiro de Aljustrel, promovido pela Câmara Municipal deste concelho do Baixo Alentejo e a funcionar desde Dezembro de 2023, procura preservar o rico património material e imaterial ligado às minas, que remontam já aos tempos romanos e ainda hoje se mantêm em funcionamento. Liga temas como turismo industrial, minas, geologia, arqueologia, educação e cultura.
O Parque Mineiro de Aljustrel tem objetivos «de lazer, didáticos e de investigação, ao mesmo tempo que contribui para minimizar a degradação ambiental» associada a antigos locais de exploração.
Além da requalificação dos bairros mineiros, da construção de ciclovias, da colocação de passadiços na zona do “Chapéu de Ferro” e da instalação de sinalética e equipamentos multimédia em diversos locais da vila, o projeto incluiu a construção do Centro de Receção e Interpretação.
É neste espaço, instalado junto ao Malacate Viana, um dos antigos “poços de descida ao fundo da mina”, que foi criado um espaço museológico.
É também a partir do Centro de Receção e Interpretação que os visitantes podem visitar um dos grandes atrativos do Parque Mineiro de Aljustrel, a antiga galeria mineira do Piso 30, reabilitada para ser visitável.
O equipamento, inaugurado a 4 de Dezembro de 2023, representou um investimento de quase seis milhões de euros, com financiamento comunitário, e tem como objetivo ser «uma homenagem aos mineiros» do concelho, onde a atividade extrativa tem mais de 5 mil anos.
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