«Monsaraz Museu Aberto» celebra cultura e património da vila medieval de 14 a 21 de Julho

Certame cultural bienal aborda «o que de melhor se faz na cultura e nas artes do espetáculo»

A bienal cultural Monsaraz Museu Aberto vai decorrer de 14 a 21 de julho, com um programa que tem como mote “Eu sou devedor à terra”, do poema “Alentejo, Alentejo”, do Mestre José Gato.

Este certame cultural, organizado desde 1986 pelo Município de Reguengos de Monsaraz, e que, a partir de 1998, começou a realizar-se com periodicidade bienal, aborda «o que de melhor se faz na cultura e nas artes do espetáculo».

Na edição deste ano, a organização pretende «sensibilizar e inspirar os participantes a agirem pela preservação do património natural e construído de Monsaraz, estimulando a proteção e a identidade do sítio histórico e da sua envolvente através da cultura».

O programa da bienal cultural vai abrir no dia 14 de julho, às 17h00, com a cerimónia de inauguração no jardim da Casa da Universidade.

Segue-se a palestra “A Terra, que futuro?”, pelo astrofísico Filipe Duarte Santos, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que vai decorrer às 19h00 na Igreja de Santiago.

A primeira noite do festival terá, às 22h00, um concerto com Dulce Pontes, na Praça de Armas do castelo de Monsaraz. A cantora, que já atuou com Andrea Bocelli, Ennio Morricone e José Carreras, vai interpretar, na vila medieval, os seus sucessos musicais de mais de 35 anos de carreira, como “Lusitana Paixão”, “Canção do Mar” e “O Amor a Portugal”.

 

 

Na segunda-feira, dia 15 de julho, às 17h00, o arqueólogo Manuel Calado vai proferir na Igreja de Santiago a palestra “O Pecado Original: Agricultura intensiva do Neolítico aos nossos dias”.

No Centro de Convívio da Barrada, decorre às 19h00 um concerto e uma oficina sobre gastronomia alentejana e, a partir das 22h00, a Praça de Armas do castelo vai receber a atuação da Banda da Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense.

O programa do festival Monsaraz Museu Aberto apresenta, no dia 16 de julho, às 17h00, na Igreja de Santiago, uma conversa sobre “O extensivo e o intensivo na paisagem do Alentejo. Transformações, valor e futuro”, com Teresa Pinto Correia, da Universidade de Évora, Marta Cortegano, da Associação Terra Sintropica de Mértola, e José Muños, da Universidade de Évora.

A Casa das Avós, localizada na antiga escola primária de Motrinos e onde pode ser apreciada a exposição de bonecas “A Boda na Aldeia”, vai receber, pelas 19h00, um concerto com Lizete Morais.

No Largo D. Nuno Álvares Pereira, em Monsaraz, vai atuar, às 21h00, o Grupo de Dança Contemporânea Sénior da Freguesia de Monsaraz, enquanto, uma hora depois, se realiza o espetáculo de dança “Força da Natureza”, com a Academia de Dança e Artes Performativas da Sociedade Artística Reguenguense.

 

 

Na quarta-feira, dia 17 de julho, às 17h00, decorre na Igreja de Santiago a conversa com o ensaísta António Guerreiro e com Alfredo Cunhal Sendim, da Herdade do Freixo do Meio, sobre o “Alentejo – Agricultura, paisagem e despovoamento”.

No Largo D. Nuno Álvares Pereira, realiza-se, às 18h00, a Oficina do Pão – Venha Pôr a Mão na Massa, iniciativa que acontecerá também nos dias 18, 19 e 20 de julho, à mesma hora e no mesmo local.

A partir das 19h00, decorre o percurso ilustrado entre a porta da vila de Monsaraz e o Convento da Orada, com passagem pelo Cromeleque do Xerez.

Integrado nesta iniciativa, realiza-se, no Convento da Orada, um concerto com Abraham Cupeiro, músico que toca um instrumento ancestral galego denominado corna, a orquestra de câmara Eborae Música e a Companhia de Dança Contemporânea de Évora.

A Moagem Sem-Fim, no Telheiro, recebe, pelas 22h00, o concerto minimal eletronic, com o contrabaixista João Hasselberg a explorar as sonoridades da música eletroacústica.

O festival Monsaraz Museu Aberto terá, no dia 18 de julho, às 17h00, a palestra “Da terra chão à terra pão”, com o geólogo Galopim de Carvalho, na Igreja de Santiago.

A partir das 18h30, realiza-se um percurso ilustrado de Monsaraz até à Ermida de Santa Catarina, local onde vai atuar o Coro Polifónico da Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense, Sara Sotiry e o Grupo Maurioneta.

A Igreja de Santiago, em Monsaraz, recebe às 21h00, um recital de harpa com a espanhola Angélica Salvi, harpista que, nos últimos anos, tem participado em diversos projetos na área da música experimental, artes visuais, dança e teatro.

A Praça de Armas do castelo terá, pelas 22h00, um concerto com o acordeonista algarvio Gonçalo Pescada, acompanhado pelo Quinteto Sull’a Corda, um agrupamento clássico composto por músicos de várias origens.

 

 

Na sexta-feira, às 10h30, decorrem oficinas para crianças e adultos no jardim da Casa da Universidade, com fabricação de papel artesanal e cianotipia, de cerâmica com o oleiro Rui Patalim e de origami pelo Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão da Santa Casa da Misericórdia de Reguengos de Monsaraz. Esta iniciativa vai ser repetida nos dias 20 e 21 de julho, no mesmo horário e local.

A partir das 17h00, na Igreja de Santiago, haverá uma conversa sobre “Terra chã para a agricultura, terra chão para a arquitetura integrada”, com os arquitetos Victor Mestre e Maria Fernandes.

O Centro de Convívio de Outeiro vai receber, às 19h00, uma oficina do gaspacho com a atuação do Ensemble de Clarinetes da Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense, e, às 21h00, será exibida a curta metragem “A Tempestade”, de 2012, realizada por Teresa Garcia, em Monsaraz.

Na Igreja de Santiago, haverá às 21h30 um recital de cravo com Cristiano Holtz, que foi oficialmente o último aluno de Gustav Leonhardt e é um dos maiores especialistas na música de Johann Sebastian Bach.

No sábado, dia 20 de julho, pelas 17h00, realiza-se a palestra “Terra e Território com Monsaraz ao fundo”, pelo geógrafo Jorge Gaspar.

Segue-se, às 19h00, a caminhada com o grupo Monsaraz a Caminhar e o oleiro Mestre Tavares, que terá um percurso com saída de Monsaraz, passagem pela Ermida de São Sebastião, onde decorrerá um recital, com o afegão Ustad Fazel Sapand, mestre do loud e harmónica, e chegada à Casa do Cante, no Telheiro, que receberá a atuação do Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz.

Na Torre de Menagem do castelo de Monsaraz, vai poder ver-se, a partir das 22h00, um espetáculo de dança vertical com a companhia Delrevés, fundada em 2007 em Barcelona e que tem como principal objetivo a fusão de diversas linguagens artísticas, como a dança contemporânea, as artes digitais, o teatro e a dança vertical, utilizando a arquitetura como suporte de movimento.

 

 

A fechar a noite, às 23h00, realiza-se, na Praça de Armas do castelo, um concerto com o argentino Melingo, ator, compositor e cantor que toca vários instrumentos, como guitarra, clarinete e saxofone, aos quais junta a sua voz que lembra Charles Aznavour e Serge Gainsbourg.

Daniel Melingo estudou mestres como Nick Cave, Tom Waits e a lenda do tango El Polaco, e, a partir do legado de Gardel, reinventa-se com alma em performances em que mistura o tango com o rock, o jazz, o blues ou músicas folk argentinas e brasileiras.

O último dia do festival Monsaraz Museu Aberto terá, às 11h00, a conversa “Eu Sou Devedor à Terra”, com os historiadores José Pacheco Pereira e Ana Paula Amendoeira.

A Igreja de Santiago recebe, pelas 17h00, a apresentação do Arquivo Digital do Cante, por Florêncio Cacete e Mariana Cristina, e, às 19h00, haverá um recital de piano de Tiago Mileu no milenar Olival da Pega.

A Gala do Cante nas Terras do Grande Lago vai fechar o festival, com as atuações, a partir das 21h00, na Praça de Armas do castelo, de Teresinha Landeiro, Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz, Grupo Coral da Casa do Povo de Reguengos de Monsaraz, Encanta Modas, Manuel Sérgio e José Farinha.

 

 

Durante o Monsaraz Museu Aberto, estará patente em vários locais uma exposição coletiva de pintura, desenho e cerâmica, com curadoria de Rui Afonso Santos, nomeadamente no Largo de Santiago, Junta de Freguesia de Monsaraz, Casa da Praça, Cuba, Ermida de Santa Catarina, Posto de Turismo de Monsaraz, centros culturais da freguesia de Monsaraz, Restaurante Lumumba, Restaurante os Amigos de Monsaraz, Galeria de Artes e Moagem Sem-Fim, padarias do Telheiro, Restaurante Foral de Monsaraz, Loja da Fabricaal, Museu do Fresco, Convento de Orada e Restaurante Gato Preto.

Nesta exposição, participam os artistas Ana Catarina Pereira, Antónia Labaredas, António Faria, Alice Geirinhas, Bárbara Assis Pacheco, Gil Kalisvaart, Gloria Perez Cruz, Ivo Andrade, João Belga, João Fonte Santa, José Aurélio, José Manuel Rodrigues, José Miguel Gervásio, Lua Kalisvaart, Margarida Dias Coelho, Mariana Duarte Santos, Mariana Herédia, Miguel Palma, Niek the Wierik, Paula Estorninho, Pedro Zamith e Tiago Mestre.

Na Casa do Barro – Centro Interpretativo da Olaria de São Pedro do Corval, haverá workshops com alunos das universidades de Aveiro, Minho e Porto, do Lab2PT e ID+, assim como palestras com Álbio Nascimento, do The Home Project Design Studio, Bernardo Providência, da Universidade do Minho, Daniel Vieira, do Lab2PT, João Sampaio, da Universidade de Aveiro, Lígia Lopes, da Universidade do Porto, Rita João, do estúdio de design Pedrita, Virgínia Frois, da Universidade de Lisboa e pelo Laboratório de Design O Imaginário, do Brasil.

Na Sociedade União e Progresso Aldematense, em São Pedro do Corval, estará patente a exposição “Design português através de uma pluralidade de objetos”, com curadoria de Bernardo Providência e Daniel Vieira.

 

 

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