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Mais de 70 figurantes vão ajudar a recriar a descarga da sardinha no cais de Portimão, no dia 30 de Julho, entre as 10h30 e as 12h00, no arranque de mais uma edição do Festival da Sardinha, que começa nesse dia e só termina a 4 de Agosto.

Esta iniciativa é aberta a todos, «dos residentes aos turistas, que assim poderão viver a atmosfera vibrante da lota, numa experiência cultural autêntica e envolvente», segundo a Câmara Municipal, que organiza o evento através do Museu de Portimão.

Ao longo de hora e meia, vão-se evocar no Cais Gil Eanes «os tempos de chegada da sardinha da faina à zona ribeirinha de Portimão, com a acostagem das embarcações, azáfama característica da antiga lota, na qual participarão sete dezenas de elementos das associações locais e voluntários, recorrendo a trajes, dizeres e meios de transporte da época, e que desde 8 de Julho vêm ensaiando no espaço do Museu de Portimão sob encenação do conhecido ator Vítor Correia, para que a recriação seja memorável».

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«Serão utilizados na recriação 500 quilos de sardinha fresca, comprada em lota no próprio dia pelo parceiro Docapesca – Portos e Lotas S.A. e ofertada à organização, que distribuirá pelos espetadores 3000 senhas de degustação gratuita, dando direito a duas sardinhas no pão e uma bebida, a usufruir de 30 de Julho a 4 de Agosto num dos cinco espaços de restauração dinamizados no recinto do festival pelo associativismo local».

A recriação «recorda uma atividade bastante pitoresca, que se perdeu desde que o porto de pesca transitou para a margem oposta do Rio Arade, tendo recebido em 2020 uma menção honrosa por parte da APOM – Associação Portuguesa de Museologia, na categoria “Inovação e Criatividade”».

 

 

A iniciativa «visa evocar atividades históricas da lota do cerco, destacando a chegada do barco carregado de sardinha, anunciada pela sirene que chamava os compradores. Seguia-se o leilão “à boca” da sardinha, uma ladainha cantada de números por ordem decrescente, interrompida com a ordem de compra “Chui!”».

«Após o leilão, o peixe era descarregado em caixas para ser gelado ou salgado e transportado em bicicletas, carrinhas, triciclos e motorizadas para o seu destino, enquanto crianças desviavam sardinhas, gerando algazarra com mergulhos no rio. A dinâmica da lota e do cais era considerada um espetáculo para locais, curiosos e turistas, sendo a chegada da traineira acompanhada pelo bote com o homem que baldeava a embarcação, vendendo o “peixe da companha” de contrabando na muralha», descreve a Câmara de Portimão.

«Os compradores, obedientes ao som da sirene, dirigiam-se ao pontão para avaliar a qualidade do peixe, consistindo o leilão na venda “à boca”, cantada pelo vendedor até o comprador dar a ordem de compra. Todo esse ambiente de lota, com as suas dinâmicas e interações, atraía curiosos e turistas, proporcionando o convívio entre protagonistas e mirones, especialmente quando descarregadores de peixe assavam sardinhas para o almoço e convidavam os visitantes a provar esta iguaria tão típica da região», conclui a autarquia.

Esta reconstituição histórica «é um exemplo vivo de património turístico-cultural para a memória coletiva e da identidade portimonense, cuja preservação – através da encenação da descarga da sardinha – também tem o objetivo de dinamizar o espaço da zona ribeirinha de Portimão, contribuindo paralelamente para o desenvolvimento da iniciativa local, da importância do turismo cultural e da valorização do património monumental».

 

 



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