A Cooperativa Agrícola da Vidigueira diz ser «falso» que se encontre programada a venda, num leilão, do seu património, após insolvência, mas a leiloeira Leilosoc Worldwide, responsável pelo processo, garante que «obteve autorização» para a divulgação «da venda dos ativos».
Segundo a leiloeira, em informação divulgada na semana passada, os imóveis ainda estão «em fase de avaliação», mas os bens móveis estão avaliados em 288 mil euros.
Num comunicado enviado às redações, a Cooperativa Agrícola da Vidigueira garantiu, esta segunda-feira, 29 de Julho, ser «falso que se encontre a ser programada a venda, em estabelecimento de leilão, do património da Cooperativa no âmbito do processo de insolvência».
«Tal não se encontra ainda determinado no processo» e «sobre tal facto ainda não se reuniu ou pronunciou a Comissão de Credores», lê-se nesse texto.
A Cooperativa acrescenta que nem «a Leilosoc ou qualquer outra entidade leiloeira» estão legitimadas «pelo Tribunal ou pela Comissão de Credores a intervir em tal liquidação» e que, «ainda que tal pudesse estar já decidido, a liquidação seria realizada com o recurso à plataforma judiciária e-leilões, de molde a não onerar a massa insolvente com comissões a leiloeiras que cumulam, ainda, com a remuneração variável do Administrador Judicial».
A Cooperativa garante mesmo que vai «participar criminalmente contra a Leilosoc e os seus administradores pelos crimes praticados e responsabilização civil pelos prejuízos causados», bem como «requerer a destituição do administrador da insolvência pela omissão das suas funções e permissão de uso do nome e processo de recuperação da Cooperativa por terceiros em prejuízo da Cooperativa, responsabilizando-o, ainda, civilmente, pelos danos causados à cooperativa, aos seus agricultores e à região».
A Leilosoc já respondeu, também em comunicado, garantindo que tem legitimidade para todo este processo.
«A Leilosoc foi nomeada pelo senhor administrador da insolvência para a liquidação dos ativos no âmbito do processo de insolvência da Cooperativa Agrícola de Vidigueira CRL (182/20.5T8CBA) – que pode, aliás, ser publicamente consultado na plataforma Citius», justifica a empresa.
A leiloeira diz ainda que «obteve autorização do senhor administrador da insolvência para a divulgação da venda dos ativos do processo, em data a divulgar como “brevemente”».
«A divulgação da venda com data a definir (“brevemente”), prende-se com o facto de o processo ainda estar em tramitação, ou seja, em estádio de preparação – a título de exemplo, os imóveis encontram-se em fase de avaliação, informação que foi abertamente transmitida pela Leilosoc», acrescenta.
«No seguimento destas duas ações de divulgação, foram obtidos diversos contactos de investidores interessados nos ativos em venda, o que despoletou interesse de entidades locais, regionais, nacionais e especializadas do setor olivícola», acrescenta a empresa.
A Leilosoc sublinha ainda que «trabalha de forma idónea, com o propósito de promover os ativos em venda, para que possam alcançar o melhor valor de mercado e que constitua uma vantagem para o vendedor, neste caso em concreto, a massa insolvente», conclui o comunicado.
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