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É um género de «biblioteca portátil». Isto é: «um livro com muitos livros dentro», de nomes como Enrique Vila-Matas, Walter Benjamin, Robert Walser ou Gonçalo M. Tavares. Neste “Lápis no Punho”, João Ventura mergulhou nos textos daqueles que idolatra para escrever um livro que o faz, finalmente, «abraçar a felicidade como autor». 

A obra, que integra a coleção de ensaios & crítica “Poethis” da editora The Poets and Dragons Society, foi apresentada na passada sexta-feira, 19 de Julho, na Biblioteca de Faro, numa sessão que contou com a presença da escritora Lídia Jorge.

Ao longo de 286 páginas, João Ventura apresenta-nos várias crónicas ficcionadas que se unem quase ao estilo de um romance. Ao Sul Informação, o autor explicou que, no fundo, este livro «é uma biblioteca portátil».

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«É um livro com muitos livros dentro onde misturo as minhas palavras com as palavras de muitos escritores que estão dentro desta obra», disse.

Com esses autores, que povoam o imaginário de João Ventura, o escritor portimonense vai dialogando, ficcionando, reinventando textos.

«Foi fácil essa convivência entre o escritor [eu] e os escritores que me vão povoando o imaginário, embora alguns sejam difíceis, obscuros. Mas é fácil escrever um livro quando se convive com esta constelação notável que forma a minha biblioteca de quarto escuro», acrescentou, sorridente.

 

Sul Informação

 

 

E que escritores são esses? Um, é transversal a todo o livro: Enrique Vila-Matas, catalão e autor, por exemplo, de “O mal de Montano”. A ele juntam-se outros como Walter Benjamin, Robert Musil, o Robert Walser e o português Gonçalo M. Tavares.

«São décadas a lê-los. Estes são escritores que não estão nos escaparates das livrarias da moda; não são bestsellers, quase todos estão mortos, mas gosto de conviver com eles», disse João Ventura.

A Lídia Jorge, escritora algarvia multipremiada, coube a apresentação de um livro que, além de «culto», é «sensível e inteligente».

Referindo-se a João Ventura como «a figura perfeita do bibliotecário, no sentido mais nobre da palavra», Lídia Jorge deu «cinco estrelas» a este “Lápis no Punho”.

«É um livro precioso que vale a nossa leitura e a nossa admiração» e que também surgiu, em parte, na blogosfera, onde João Ventura foi – e é – muito ativo.

«O relacionamento com a blogosfera literária surge como um espaço de mediação – lembro que esse é um dos espaços de proveniência de muitos dos textos deste livro», explicou Lídia Jorge.

Para a autora, há «30 razões para gostar deste livro».

«Entre muitas outras, a alegria que coloca na sua publicação faz-me também sentir sua parceira nesta aventura que é a literatura como destino incerto, mas real. Este livro advoga a presença do ensaio como meio salvador», acrescentou.

E para o futuro ficou o desafio feito por Lídia Jorge: que João Ventura continue a escrever livros. E também a garantia, da parte do autor, que o pedido não cairá em saco roto.

 

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