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Vila Real de Santo António e Mourão vão passar a estar geminados, formalizando uma «parceria que destaca as suas conexões históricas, geográficas, sociais e culturais».

A colaboração visa fortalecer os laços históricos e de amizade já existentes e promover iniciativas conjuntas em áreas como o turismo, cultura e educação nestes dois municípios situados na fronteira luso-espanhola e banhados pelo rio Guadiana.

O ato, realizado no Cineteatro Municipal de Mourão, decorreu à margem da Sessão de Encerramento da Universidade Sénior Cristóvão de Mendonça e contou com a presença de Álvaro Araújo, presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, e João Fortes, presidente da Câmara de Mourão.

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Além de serem municípios banhados pelo Guadiana, cujas alcaidarias foram incumbidas da guarda da fronteira face a Castela, os dois territórios testemunharam batalhas em prol da defesa da soberania do Estado português e bateram-se pela afirmação política e militar de Portugal em momentos incontornáveis da História Nacional, de que são exemplos a Batalha da Restauração de Mourão, de 28 de Outubro de 1657, ou a Grande Batalha do Guadiana, de 8 de Junho de 1801.

Entre os elementos históricos em comum, destaca-se ainda a figura de Cristóvão de Mendonça, filho de Diogo de Mendonça, alcaide-mor de Mourão. Cristóvão de Mendonça partiu em 1519 para o Oriente, encarregado de descobrir a mítica Ilha do Ouro, tradicionalmente identificada como a Austrália.

Após as suas explorações nos mares da Australásia, regressou ao reino em 1524, onde foi agraciado com distinções, rendas e uma honrosa comenda da Ordem de Cristo: a comenda de Arenilha (a antecessora de Vila Real de Santo António), na foz do Rio Guadiana.

Este reconhecimento pelos serviços prestados à Coroa sublinha a importância histórica e cultural que une Mourão e Vila Real de Santo António, localidades que partilham a memória de um dos navegadores da História dos Descobrimentos Portugueses, um dos protagonistas da epopeia marítima nos desconhecidos mares do Oriente.

Para Álvaro Araújo, «o protocolo de geminação entre Vila Real de Santo António e Mourão constitui um passo significativo para fortalecer os laços históricos e promover um futuro próspero em vários domínios de cooperação».

«Este protocolo não só celebra as conquistas passadas, mas abre também caminho para futuras colaborações e projetos que beneficiarão as comunidades», prossegue.

De acordo com o protocolo assinado, as ações serão desenvolvidas privilegiando as áreas culturais, desportivas, turísticas e sociais, a arqueologia histórico-cultural e a defesa dos produtos tradicionais.

A sessão contou com a presença do Historiador Fernando Pessanha, do Rancho Folclórico da Associação Cultural de VRSA, da Tuna da Universidade Sénior Cristóvão de Mendonça e da Tuna da Universidade Sénior de Moura.

 



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