O PS Algarve considera que será um «erro político indesculpável e imperdoável» se o Governo decidir «adiar pela segunda vez a construção do Hospital Central do Algarve, para atribuição clínica a privados, como quer o PSD/Algarve».
Numa nota de imprensa, os socialistas algarvios acusam o PSD Algarve de querer «condicionar a ministra da Saúde» e anunciar «decisões que a própria não tomou».
Em causa está um comunicado dos social-democratas, relativo à audição de Ana Paula Martins na comissão de saúde da Assembleia da República, onde, acusa o PS, é afirmado o que a ministra «não disse, mas que os dirigentes do PSD Algarve, por capricho e razões puramente ideológicas, querem que o Governo faça».
«A Ministra da Saúde não disse que o Governo ia lançar uma PPP para a gestão médica e clínica do novo Hospital Central do Algarve como o PSD Algarve pretende. Seria até grave se o tivesse feito, porque nesse caso o Governo teria que deitar fora o plano funcional e o projeto do novo hospital», ilustram.
O plano «foi desenvolvido nos últimos dois anos pelo Partido Socialista, ficou concluído na pasta de transição dos Governos e faz com que o concurso para a construção do novo Hospital Central do Algarve possa finalmente ser aberto».
«A federação do PS Algarve exorta a ministra da Saúde a resistir às pressões estritamente ideológicas do seu partido e, tal como fez para o novo aeroporto de Lisboa, aproveitar o trabalho efetuado pelo anterior Governo para abrir imediatamente o concurso internacional para a construção do novo Hospital Central do Algarve», pedem os socialistas.
«O PSD parou em 2011 a adjudicação do novo hospital do Algarve. Esperamos que agora em 2024 o PSD não volte, pela segunda vez, a desistir da sua construção», acrescentam.
A federação do PS Algarve defende ainda que as respostas de saúde no Algarve, «designadamente em matéria hospitalar, são integradas, respondendo de forma coletiva e solidária a todos os algarvios independentemente de viverem no centro do Algarve, no Sotavento ou no Barlavento. Não admitiremos diferenciação na qualidade de cuidados de saúde entre os diferentes hospitais».
«Importa, por isso, pedir ao Governo que esclareça se uma eventual Parceria Público Privada para a gestão clínica do novo Hospital Central do Algarve, como quer o PSD Algarve, incluiria também os hospitais de Portimão e de Lagos ou se teríamos um Algarve a duas velocidades e os algarvios com respostas de saúde diferentes consoante o local onde residem», concluem.