O Município de Tavira assinalou esta terça-feira, 28 de Maio, o Dia Internacional da Dignidade Menstrual, alertando para a importância do combate à falta de acesso a condições básicas entre as pessoas e para a necessidade de desconstruir preconceitos e estereótipos.
Segundo a UNICEF, 62 % das pessoas que menstruam afirmaram que já deixaram de ir à escola ou a algum lugar de que gostam por causa da menstruação e 73% sentiram vergonha nesses ambientes.
O Município de Tavira constatou que para implementar o “Fora do Lixo!”, distribuindo eco-kits menstruais gratuitamente, não conseguiria abordar o uso de produtos menstruais sustentáveis e reutilizáveis de forma eficaz se não tratasse o tema de forma integrada, designadamente, desenvolvendo matérias como a saúde menstrual, educação e igualdade de género.
Assim, desde 2023, está em vigor o Projeto Fora do Lixo!, que, de acordo com a autarquia, «permitiu debater a Dignidade Menstrual, nos Paços do concelho, em parceria com a Associação Portuguesa de Mulheres Juristas, e trazer o tema menstruação para cima da mesa com a normalidade que lhe deve estar associada, bem como distribuir, até à data, 600 eco-kits menstruais, através de solicitação espontânea das munícipes, por inscrição online».
A par disto, o Município levou o projeto à comunidade educativa (Escola Secundária de Tavira, Escola D. Manuel I, Escola D. Paio Peres Correia), institucional (alunas dos cursos de formação da Fundação Irene Rolo) e em vulnerabilidade económica (Alunas bolseiras e Beneficiárias da medida do Rendimento Social de Inserção), através de sessões de sensibilização/informação, nas quais foram entregues os kits menstruais a todas as participantes.
O eco-kit gratuito é composto por um copo menstrual tamanho M, dois pensos higiénicos reutilizáveis, tamanhos S e M, 1 guia informativo e 1 bolsa reutilizável.
O objetivo é «dar a conhecer produtos menstruais mais ecológicos (com menor impacto ambiental), mais benéficos para a saúde e financeiramente mais acessíveis, o que reduz a problemática relacionada com a pobreza menstrual, tendo assim impacto nas questões da igualdade de género», reforça o Município.
As inscrições para participar neste projeto continuam a decorrer e podem ser feitas aqui.