Cristóvão Norte tomou posse este domingo, 12 de Maio, para mais dois anos como presidente do PSD/Algarve, mas deixou um aviso: se não houver avanços no Hospital Central, este será o seu último mandato.
«Estamos na política para realizar coisas. Se não as conseguirmos, temos de refletir. Eu estou aqui para fazer e se não conseguir, vai ser tempo de outros tentarem. Sem o avanço do novo hospital darei o lugar a outro», justificou o social-democrata.
«Quem diz as coisas, paga muitas vezes caro. Eu já paguei e não me arrependo. Pelo Algarve, por Portugal, para o defender, pagaremos o preço que for preciso», acrescentou.
E a responsabilidade fica agora ainda maior devido ao governo da AD.
Numa recente visita à região, a ministra da Saúde falou da questão do Hospital Central, garantindo que defenderá, «com todas as forças», o avanço da obra.
«Por termos ganho as eleições, os problemas não desapareceram: continuam a ser muito graves. Nós é que temos de vencer os problemas, não é fazer de conta que deixaram de existir, como fez o PS», explicou.
Analisando a atual situação política do país, o presidente do PSD Algarve, também deputado à Assembleia da República, referiu que «Portugal está capturado por um PS que quer voltar ao Governo já amanhã e por um Chega que vota com o PS, pois sonha em substituir o PSD e para isso alia-se a quem tiver de ser, só para lançar o caos no sistema».
«É absurdo que na Assembleia da República o partido que tenha mais dificuldades em ver uma proposta aprovada seja precisamente o que venceu as eleições. Não é isto que os cidadãos querem; na democracia respeita-se o resultado», disse.
No jantar também intervieram Mendes Bota, eleito presidente da Assembleia de Militantes, Mateus de Brito, histórico fundador do PSD Algarve, Alexandra Gonçalves, candidata algarvias às Europeias, Bruno Sousa Costa, vereador da Câmara de São Brás de Alportel, e Rui Silva, presidente da comissão política local.