O Festival MED comemora 20 anos de existência e esta edição, que decorre de 27 a 30 de Junho, vai ter o maior número de nacionalidades de sempre (31 no total). Nomes como Eneida Marta&Huca (Guiné-Bissau/Moçambique), 47 Soul (Palestina) ou Delfina Cheb (Argentina) foram anunciados este domingo, 12 de Maio.
Esta apresentação final do cartaz do MED aconteceu, como é hábito, no Cineteatro Louletano.
No total, foram apresentados mais 18 nomes que farão parte do festival – e que se juntam a mais 20 que já tinham sido revelados, em Março, na Bolsa de Turismo de Lisboa.
Assim, a artistas como Tito Paris, Teresinha Landeiro, Dubioza Kolektiv, Anthony B e Oum juntam-se outros como os 47 Soul (Palestina), Acácia Maior (Cabo Verde), Albuna convidam Ahmed Hamdi Moussa (Portugal/Egito), Al-Qasar (França/Arménia/Turquia/EUA), Ballaké Sissoko (Mali), Delfina Cheb (Argentina) e Eneida Marta&Huca (Guiné-Bissau/Moçambique).
A estes juntam-se Hip Horns Brass Collective (Espanha), João Frade Trio convida Miron (Portugal/Bósnia e Herzegovina), Kin’Gongolo Kiniata (Congo), Ko Shin Moon (França), Samifati present Transe Gnawa Express (Marrocos/França), Tabanka Djaz (Guiné-Bissau), Widad Mjama & Khalil Epi (Marrocos/Tunísia/França).
Também houve mais quatro confirmações portuguesas: os Cara de Espelho, Cristina Branco, Nomad e Raia.
Mas esta apresentação ficou também marcada pelo anúncio de algumas novidades sobre o facto de, pela primeira vez, o MED ter um país convidado. A escolha recaiu sobre Marrocos que terá uma forte presença nos 20 anos do festival.
No Claustro do Convento do Espírito Santo será recriado um Souk, onde os visitantes poderão vivenciar o verdadeiro ambiente do Magreb.
Contudo, as iniciativas enquadradas nesta nova “rubrica” começam ainda antes da realização do festival.
No dia 31 de Maio, será inaugurada, na Galeria de Arte do Convento do Espírito Santo, uma exposição “Fragmentos da Humanidade”, do artista plástico Moulay Youssef El Kahfai. Também no mesmo dia, ficará patente a mostra “Artes e Técnicas decorativas do Reino de Marrocos”, no Palácio Gama Lobo.
No dia 26 de Junho, o concerto de abertura do MED será às 18h30, no Auditório do Solar da Música Nova, com a Orquestra Andalusí de Tetuan e Lalla Tamar.
Já integrado nos dias do festival, vai ser exibido o filme “Les Chevaeux De Dieu”, de Nabil Ayouch, no dia 27, às 18h30, no Auditório do Solar da Música Nova.
Em relação aos concertos, haverá a presença dos artistas marroquinos Widad Mjama & Khalil Epi (dia 27), Oum (dia 28) e Samifati present Transe Gnawa Express (dia 29).
Também está previsto o lançamento de um livro de um autor marroquino – Mahi Binebine – chamado “O Sono da Escrava”, no dia 28, às 18h30, na Casa do Meio Dia.
Este ano, pela primeira vez estarão representados o Chade, a Coreia do Sul e a Estónia no MED.

O festival voltará a ter uma forte componente de poesia, artesanato, teatro e cinema, cuja programação final será apresentada apenas em Junho, no Café Calcinha.
Para Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, esta será uma edição que, «de certeza, vai dignificar» a cidade.
«É uma data muito especial que foi preparada com todo o cuidado e que este ano, pela primeira vez, tem uma circunstância especial que é termos um país convidado. Nada melhor do que começar com um país vizinho, do Mediterrâneo: o reino de Marrocos», disse.
Este é, nas palavras do autarca, um sinal que Loulé também quer dar.
«A música e a cultura sempre foram a linguagem universal em que os povos constroem pontes e, num mundo onde é óbvio e evidente que se levantam barreiras, nós dizemos não: o nosso caminho aqui em Loulé é outro. Usamos a música para nos abrirmos, para mostrar ao mundo que as pessoas se podem entender», concluiu.
Este ano o Festival MED conta com 90 horas de música, 12 palcos, 54 concertos, 378 músicos, 100 exposições de artesanato, duas exposições de arte em vários pontos do recinto, 12 grupos diários de animação de rua.
Os bilhetes estão em pré-venda na BOL até 23 de Junho com os preços de 10 euros diário, 35 euros família e 30 euros passe geral.