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A Câmara de Loulé lamentou hoje o falecimento do poeta algarvio Casimiro de Brito, que morreu ontem, aos 86 anos, em Braga.

Numa nota, a autarquia louletana manifestou «o seu mais profundo pesar» pelo falecimento do poeta, romancista, contista e ensaísta, que nasceu em Loulé a 14 de Janeiro de 1938.

O município também enalteceu «publicamente o prestimoso contributo para as Letras portuguesas» de Casimiro de Brito e endereçou condolências à sua família.

festas da cidade de olhao

Casimiro de Brito começou a publicar em 1955, «reunindo uma vasta obra de poesia, romance, ensaio e fragmentos, editada em Português e em trinta outras línguas, entre elas o Japonês, Galego, Espanhol, Catalão, Italiano, Francês, Corso, Inglês, Alemão, Flamengo, Holandês, Sueco, Polaco, Esloveno, Servo-Croata, Macedónio, Grego, Romeno, Búlgaro, Húngaro, Albanês, Russo, Árabe, Hebreu, Chinês estando incluído em mais de 200 antologias em Portugal e no Estrangeiro. A sua obra é composta por mais de 45 livros», segundo a Câmara de Loulé.

O gosto pela rima poética ~«surgiu quando ainda menino, na tasca do seu pai, ao colo do poeta popular António Aleixo, este dizia a quadra do dia».

«O Aleixo tinha a música, a sabedoria e a crítica social. O que faço é o resultado da audição aliada à necessidade de dizer coisas que foram sempre ditas, mas de modo diferente», segundo afirmou o próprio Casimiro de Brito.

Dirigiu várias revistas literárias, entre elas os “Cadernos do Meio-Dia”, com António Ramos Rosa. Fez parte do movimento “Poesia 61” que marcou a afirmação de novas vozes da poesia portuguesa, ao lado de Fiama Hasse Pais Brandão, Gastão Cruz, Luiza Neto Jorge e Maria Teresa Horta.

Ganhou vários prémios, nacionais e internacionais, entre eles o Prémio Léopold Sédar Senghor, da Academia Martin Luther King, e o Prémio Mundial de Haikus, da World Haiku Association.

Foi vice-presidente da Associação Portuguesa de Escritores, presidente do PEN Clube e da Association Européenne de Poésie, de Lovaina. Entre outros, recebeu o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores pelo livro “Labyrinthus” (1981), o Prémio Versília, de Viareggio, para a Melhor Obra Completa Estrangeira, pela obra “Ode & Ceia” (1985), o Prémio de Poesia do P.E.N. Clube, pelo livro “Opus Affettuoso seguido de Ultima Núpcia” (1997), o Prémio Internacional de Poesia Léopold Senghor (2002), o Prémio de Poesia Aleramo-Luzi, para o Melhor Livro de Poesia Estrangeiro, com “Livro das Quedas” (2004), e ainda o Prémio de Melhor Poeta do Festival Internacional Poeteka, na Albânia (2008).

Foi nomeado Embaixador Mundial da Paz (Zurique) e, em 2008, foi agraciado pelo Presidente da República Portuguesa com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique. Em 2016, foi Agraciado pela Câmara Municipal de Loulé com a Medalha de Mérito Municipal – Grau Ouro. Nesse mesmo ano, foi homenageado em Querença pela Fundação Manuel Viegas Guerreiro. Em 2020, a sua Poesia Completa até 2000 foi editada pela Glaciar. Entre 2020 e 2023, publicou, em Braga, com o apoio da Câmara Municipal de Loulé, oito obras inéditas (Razões Poéticas).

Participou em inúmeros recitais, festivais de poesia, congressos de escritores, conferências, um pouco por todo o mundo.

 



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