Semana da Interculturalidade corre o país, com paragens em Beja, Faro, Lagos e Portimão

«A inclusão e o diálogo intercultural não está apenas nas mãos de quem decide. Está nas mãos dos cidadãos»

A Semana da Interculturalidade, iniciativa da EAPN Portugal / Rede Europeia AntiPobreza, que vai decorrer este ano de 8 a 14 de abril, com iniciativas por todo o país, nomeadamente nos distritos de Faro e de Beja.

No Algarve, a Semana da Interculturalidade será comemorada, de 8 a 12 de Abril, em Lagos, numa organização do Centro Assistência Social Lucinda Anino dos Santos, em Portimão, numa organização do Município local, e ainda em Loulé, organizada pelo Município louletano.

Em Faro, no IPDJ, o Núcleo Regional da EAPN Portugal e o Centro Europe Direct Algarve promovem a exposição «Pilar Europeu dos Direitos Sociais», patente de 8 a 14 de Abril.

Também na capital algarvia, o Cineclube de Faro promove um Ciclo de Cinema sobre Interculturalidade, de 8 a 12 de Abril.

No Baixo Alentejo, o Núcleo Distrital de Beja da EAPN Portugal vai promover, na sua sede (Largo e Rua Jornal Ala Esquerda), a divulgação da Campanha “O Discurso de Ódio não é Argumento”, entre 8 a 14 de abril , das 9h00 às 17h00.

Também em Beja, a associação cultural CHAMADARTE, em conjunto com o Núcleo Distrital de Beja da EAPN Portugal, organiza, na sua sede, atividades no âmbito da Semana da Interculturalidade.

A capital do Baixo Alentejo recebe ainda a Biblioteca Humana Intercultural Europeia, integrada no projeto Erasmus “Linguages of Welcome”. A organização é da Glocalmusic e da CLAP Associação – Comunidade Local Laboratório de Ação, em conjunto com o Núcleo Distrital de Beja da EAPN Portugal.

 

 

A rede EAPN Portugal quer celebrar a interculturalidade com mais de 220 atividades e 237 parceiros por todo o país. O objetivo é «sensibilizar para a necessidade de uma sociedade intercultural e estimular o diálogo e a relação entre culturas».

«Somos uma sociedade cada vez mais plural» e, por isso, é preciso continuar a assinalar a Semana da Interculturalidade, salienta a rede.

A iniciativa da EAPN Portugal / Rede Europeia AntiPobreza é promovida desde 2014, e decorre este ano de 8 a 14 de abril com iniciativas por todo o país.
Conta, ainda, com o apoio e parceria da AIMA – Agência para a Integração, Migrações e Asilo e da OIM – Organização Internacional para as Migrações Portugal.

Com a Semana da Interculturalidade, a EAPN Portugal quer «estimular o diálogo e a relação entre culturas e sensibilizar os cidadãos para a necessidade de uma sociedade intercultural».

«É necessário olhar para as pessoas nas suas várias dimensões e promover não só a sua inclusão, mas o seu bem-estar. A sociedade portuguesa é de todos, não apenas dos cidadãos portugueses, mas daqueles que escolhem Portugal para a sua casa e porto de abrigo», salienta a coordenadora nacional da EAPN Portugal, Maria José Vicente.

A AIMA – Agência para a Integração, Migrações e Asilo, parceira desta iniciativa, sublinha a sua importância: «a Semana da Interculturalidade tem constituído, ao longo dos anos, um espaço privilegiado de promoção da igualdade, encorajando ativamente o diálogo, a interação e o encontro entre diferentes culturas, através dos inúmeros momentos de debate e partilha que cria em prol do reconhecimento e do respeito mútuos».

«Congratulamos a EAPN Portugal pelo magnífico e abrangente programa da Semana da Interculturalidade 2024 […] que certamente continuará a estimular-nos a todos e a todas a construir, diariamente, uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva», salienta a vogal do Conselho Diretivo da AIMA, Sónia Pereira.

«Ao celebrarmos e valorizarmos as diversidades culturais promovemos a compreensão mútua e o respeito. Isso não só enriquece a nossa sociedade, mas fortalece os laços entre todos», afirma o chefe de missão da OIM Portugal, Vasco Malta.

A organização junta-se assim à EAPN Portugal «na promoção da Semana da Interculturalidade e na sensibilização para a importância das migrações, por um mundo onde todos nós tenhamos um lugar a que chamemos lar».

 

 

Mais de 220 atividades para comemorar, de norte a sul do país, o diálogo e diversidade intercultural São diversas as iniciativas promovidas em todos os distritos de Portugal, incluindo a Região Autónoma da Madeira, que contam com 237 parceiros – desde entidades do setor social, municípios e instituições de ensino.

De forma transversal a todos os territórios existem duas atividades.

A primeira refere-se à exposição 20 Caminhos na Voz de migrantes, que conta a história de vida de 20 pessoas que escolheram Portugal como a sua casa.
Assim, vão ser lançados sacos de pano com frases que promovem boas práticas para com a migração.

A segunda iniciativa, promovida pelo Observatório Nacional de Luta Contra a Pobreza, refere-se a uma infografia sobre Migrações: Factos & Números. O documento incide em três grandes temas: a discriminação em Portugal; a autoidentificação étnica da população portuguesa; e o background imigratório da população portuguesa.

A infografia baseia-se maioritariamente nos dados do ICOT – Inquérito às Condições de Vida, Origens e Trajetórias da População Residente, do INE.

Este inquérito tem a particularidade de permitir, pela primeira vez, a partir de estatísticas oficiais, aceder à caraterização do fenómeno da discriminação a partir da identificação étnica. (resultante da autoclassificação das pessoas).

Destaca-se, ainda, o webinar sobre Aporofobia: desigualdades e discriminação, no dia 12 de abril, que quer promover um maior conhecimento sobre as várias situações de diversidade que compõem a nossa sociedade, promovendo a interculturalidade e desconstruindo preconceitos e estereótipos.

A EAPN Portugal esclarece que «a Aporofobia evidencia que a pobreza e a exclusão social criam estigmas muito profundos e enraizados que ajudam a dificultar as situações em que as pessoas se encontram. É um termo ainda novo, mas que é urgente ser abordado».

A Coordenadora Nacional da EAPN Portugal sublinha o facto de todas as ações da Semana da Interculturalidade abordarem temas como a interculturalidade, as migrações, as comunidades ciganas e refugiados «no sentido de quebrar e combater narrativas negativas relativamente a estas pessoas».

«A inclusão e o diálogo intercultural não está apenas nas mãos de quem decide. Está nas mãos dos cidadãos».

 

Clique aqui para conhecer o programa em todo o país (PDF)

 

 

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