Melhorar a capacidade de atrair e fixar médicos no serviço público, designadamente com uma nova carreira médica, e avaliar o modelo das Unidades Locais de Saúde foram algumas prioridades apresentadas pela Ordem dos Médicos à nova ministra da Saúde.
Na primeira reunião com Ana Paula Martins, a Ordem dos Médicos (OM) entregou um documento onde elenca seis medidas prioritárias para 60 dias, entre elas a criação de uma nova carreira médica, a aplicar a todos os médicos a partir do internato.
À saída da reunião, o bastonário da Ordem dos Médicos Carlos Cortes disse aos jornalistas que a intenção principal das propostas é «melhorar a capacidade de atração e fixação do Serviço Nacional de Saúde».
«Ficámos de enviar nas próximas semanas um conjunto de documentos sobre as matérias que foram aqui elencadas», disse o bastonário, revelando que a ministra da Saúde Ana Paula Martins, pediu à OM que, no prazo de um mês, entregasse uma proposta para a nova carreira médica, «nomeadamente nas condições de formação, de investigação e nas condições de trabalho dos médicos dentro do Serviço Nacional de Saúde».
Outro dos pontos que Carlos Cortes considerou prioritário é a «avaliação rigorosa» do modelo das Unidades Locais de Saúde (ULS), explicando que a OM tem já uma comissão a preparar um relatório com essa avaliação que conta entregar no final de Maio.
«Demos a conhecer à ministra da Saúde uma comissão que a Ordem dos Médicos constituiu, em Janeiro deste ano, de acompanhamento das ULS, que já tem um relatório preliminar e que irá apresentar durante o mês de maio ao Ministério da Saúde e à Direção Executiva do SNS», adiantou.
Além destas duas medidas, Carlos Cortes disse ainda que a OM abordou «um pacote de medidas» – que não quis especificar – para melhorar a resposta nas urgências.