Évora acolhe transmissão de saberes e culturas com mais um “Festival Imaterial”

A 4ª edição do Festival decorre de 17 a 25 de Maio

Concertos, um ciclo de cinema documental, conferências e conversas, passeios pelo Património e, pela primeira vez, atividades para escolas e famílias compõem o “Festival Imaterial”, que, entre 17 e 25 de Maio, vai transformar Évora num local de transmissão de saberes e culturas. 

Criado com o conceito de “Pensar e Viver o Património”, este festival vai este ano reforçar a parceria com a IN2PAST, Laboratório Associado para a Investigação e Inovação em Património, Artes, Sustentabilidade e Território que, nesta edição, vai coincidir com a primeira Escola Doutoral/ Boot Camp In2Future, de 18 a 24 de Maio.

A IN2PAST será ainda responsável pela organização de grande parte das Conversas e encontros que se vão debruçar sobre temas como “A música e a ideia de património” (18 Maio), “Unir Património e Futuro: Uma Abordagem Interdisciplinar para Futuros Sustentáveis” (22 Maio) ou “A revolução terminou?” (25 de Maio).

O Teatro Garcia de Resende será o grande palco do Festival, mas haverá também atividades no Cromeleque dos Almendres ou na Herdade do Freixo do Meio.

Numa programação que percorre os quatro cantos do mundo em nove dias de concertos, é possível encontrar nomes como Mísia e emmy Curl, mas também Emel, artista tunisina e uma das vozes da Primavera Árabe, diretamente ligada à luta pela Liberdade.

 

 

A estes nomes juntam-se Abraham Cupeiro & Orquestra de Câmara da Eborae Musica (Galiza/Portugal), Os do Fondo da Barra (Galiza), Carles Dénia – El Paradís de les Paraules (Comunidade Valenciana), Tablao de Tango (Argentina), Dasom Baek (Coreia do Sul), Meher Angez Trio (Paquistão), Duo Ruut (Estónia), Ustad Noor Bakhsh (Paquistão), Lena Jonsson & Johanna Juhola (Suécia / Finlandia), Maite Larburu (País Basco), Parveen & Ilyas Khan (Índia), Davide Ambrogio (Calábria), Cocanha (Occitania), Melisa Yildirim & Swarupa Ananth (Turquia/Índia) e Tomasito (Andaluzia).

Cada sessão dupla custa 3 euros e os bilhetes para estes concertos estão disponíveis a partir de dia 19 de Abril.

O Auditório Soror Mariana volta a receber o Ciclo de Cinema Documental que reúne uma seleção de filmes com curadoria da Professora Lucy Durán, vencedora do Prémio Imaterial 2022.

O tema central do Ciclo de Cinema Documental da 4ª edição do Festival é a relação entre a música tradicional e a terra, abrangendo um amplo foco geográfico (do Quirguistão a Cuba) e um período de 50 anos. Todos os filmes que integram este ciclo são documentários etnográficos excepcionais de realizadores aclamados.

Segundo a organização, o documentário mais antigo é de 1984, “What’s Cuba Playing at”, realizado por Mike Dibb e o mais recente é de 2024, “The Nightingales’ Song”, realizado por Emmanuel Vaughan-Lee e Adam Loftena, que tem a sua Estreia Europeia nesta edição do Festival Imaterial.

 

 

A novidade deste ano é a sessão para escolas e famílias com um encontro com os músicos Parveen & Ilyas Khan (Índia) que visitam Évora no âmbito da realização do Festival.

O objetivo é que as crianças aprendam, «desde cedo, se aprenda a escutar quem tem uma voz diferente da nossa».

No dia 19 de Maio haverá ainda tempo para uma Visita ao Montado & Mesa para Todos, na Herdade do Freixo do Meio, incluindo um espetáculo de Os do Fondo da Barra & Cantares de Évora, num encontro  as culturas da Galiza e de Portugal.

Para participar nesta atividade é preciso inscrição prévia, limitadas aos lugares disponíveis.

O Imaterial nasceu em Évora, à sombra do estatuto de Património Imaterial da Humanidade atribuído pela UNESCO ao Cante Alentejano, mas também de olhos na classificação do centro histórico de Évora como Património Mundial da Humanidade.

De acordo a organização, «o desejo foi o de criar ligações entre estas duas dimensões patrimoniais, colocar a música a dialogar com a paisagem (mais ou menos edificada), deixando que as histórias cantadas hoje possam comunicar com as histórias que atravessam séculos e estão impregnadas nas paredes da cidade e nos lugares que a circundam».

O Festival Imaterial é uma organização do Município de Évora e da Fundação Inatel, com produção executiva da Gindungo e direção artística de Carlos Seixas, sendo um dos acontecimentos culturais que contribuiu para fazer de Évora a candidatura vencedora a Capital Europeia da Cultura em 2027 e cuja 4ª edição se realiza no ano em que se comemoram os 50 Anos do 25 de Abril.

A programação completa pode ser consultada aqui.

 

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