PCP deixa fugir Alentejo mas é o PS que perde mais “repetentes”

Depois de em 2022 perder quatro deputados, no domingo o PCP perdeu mais dois

O PCP falhou a reeleição em Beja e perdeu toda a representação no Alentejo, região que já foi bastião comunista, mas foi o PS que perdeu mais ‘repetentes’ nas fileiras socialistas da Assembleia da República.

Depois de em 2022 perder quatro deputados, no domingo o PCP perdeu mais dois. Bruno Dias, dirigente comunista e número dois pelo círculo eleitoral de Setúbal, falhou a reeleição pela primeira vez desde 1999.

Nas últimas três legislaturas, incluindo a que vai findar, João Dias tinha conseguido um dos três mandatos que o distrito de Beja atribui. A saída da Assembleia da República deixa o PCP fora do Alentejo, que durante décadas foi um bastião comunista e onde o partido chegou a ter, pelo menos, um deputado por cada distrito da região.

Mas foi na bancada socialista que mais ‘repetentes’ falharam a eleição. Depois de conquistar 120 deputados nas eleições de 30 de janeiro de 2022, o PS foi o partido que mais nomes de peso viu sair, nomeadamente Porfírio Silva, que era o sexto na lista de deputados pelo círculo de Aveiro.

O socialista foi o primeiro nome a falhar a eleição naquele distrito, colocando fim a um percurso iniciado há três legislaturas.

Entre os ‘repetentes’ também falharam a eleição Pedro do Carmo, que foi eleito durante três legislaturas pelo distrito de Beja e foi Presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, e Isabel Guerreiro, antiga vereadora na autarquia de Portimão que foi eleita em 30 janeiro de 2022 pelo círculo de Faro.

O engenheiro mecânico António Monteirinho, eleito pelo distrito da Guarda há dois anos também falhou a eleição e o antigo secretário-geral da Juventude Socialista Ivan Gonçalves falhou a reeleição por Setúbal, que garantia desde a XIII legislatura.

Bruno Aragão, eleito por Aveiro nas últimas duas legislaturas, era o oitavo na lista de candidatos e falhou a reeleição.

O sociólogo Pompeu Martins, décimo nas listas do PS por Braga e deputado há duas legislaturas, também falhou a reeleição.

A porta-voz da conferência de líderes, a socialista Maria da Luz Rosinha, estava em 20.º nas listas do PS por Lisboa e teria sido eleita se o partido tivesse tido o mesmo resultado neste distrito que teve há dois anos.

 



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