O PAN – Pessoas Animais Natureza já reagiu à saída de Paulo Baptista e Elza Cunha do partido, esta segunda-feira, relacionando esta desfiliação com «interesses pessoais».
«Já no passado o PAN foi prejudicado por ações de pessoas que renunciaram aos seus cargos e, mais tarde, vieram a abandonar o partido mostrando que colocam os interesses pessoais acima das causas e aderindo, depois, a outras forças políticas», lê-se numa nota enviada às redações na noite desta segunda-feira, 4 de Março.
A reação surge poucas horas depois de Paulo Baptista e Elza Cunha terem assumido estar em rota de colisão com Inês Sousa Real, acusando esta líder partidária de ter trocado as causas do PAN «por migalhas e acordos opacos tanto à esquerda como à direita».
Na nota divulgada pelo partido lê-se ainda que «esta direção foi eleita em congresso com 72% dos votos e, por isso, está legitimada e empenhada em fazer cumprir o programa do PAN e em voltar a ter um grupo parlamentar para poder defender melhor as Pessoas, os Animais e a Natureza».
«Os dois ex-filiados integraram listas à Distrital de Faro e ao último Congresso e não foram eleitos, num processo democrático interno», remata o PAN.
Segundo Paulo Baptista e Elza Cunha, que já «informaram os órgãos para os quais foram eleitos da sua intenção de passarem a deputados independentes», as razões para esta desvinculação «prendem-se com as inúmeras situações que têm ocorrido na vida pública e interna do partido, que culminaram no desrespeito institucional pelos eleitos locais, aquando da deslocação da Porta-Voz do PAN a Faro, no âmbito da campanha eleitoral, no passado dia 26 de Fevereiro».