Municípios do Alentejo Central investem 9 milhões em central de valorização orgânica

Trata-se de um projeto da Associação de Municípios do Alentejo Central

Uma nova central de valorização orgânica de biorresíduos para cinco municípios alentejanos é inaugurada, na terça-feira, no concelho de Cuba, num investimento de nove milhões de euros para a «melhoria da sustentabilidade ambiental» da região.

Trata-se de um projeto da Associação de Municípios do Alentejo Central (AMCAL), que junta as câmaras de Alvito, Cuba e Vidigueira, no distrito de Beja, e Portel e Viana do Alentejo, no de Évora, que foi cofinanciado por fundos europeus, através do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).

A nova central de valorização orgânica, construída no aterro intermunicipal de Vila Ruiva (Cuba), «é assumida como um projeto estruturante, alinhado com as políticas que têm sido desenvolvidas e implementadas na área de intervenção» da associação, revelou a AMCAL, em comunicado enviado hoje à agência Lusa.

De acordo com a instituição, o equipamento, que será inaugurado pelas 10:30, tem uma capacidade anual de processamento de 10 mil toneladas, de que resultará «cerca de 2.500 toneladas de composto de alta qualidade disponível para diferentes usos na região».

As centrais de valorização orgânica são instalações onde resíduos orgânicos, como restos de alimentos e resíduos verdes, «são processados e transformados em produtos de valor agregado».

Na nota, a AMCAL acrescentou que a nova unidade «irá receber os biorresíduos recolhidos seletivamente» nos cinco concelhos, «implementando uma solução de tratamento de proximidade, adaptada às exigências da política para o setor e ao cumprimento dos objetivos ambientais em vigor».

Em paralelo, será «um polo de criação de emprego qualificado, reforçando a capacidade da região para dar o seu contributo para as ambiciosas metas nacionais em matéria de tratamento dos biorresíduos», lê-se no comunicado.

Este investimento representa «um esforço conjunto» dos municípios, «que visa a melhoria da sustentabilidade ambiental e da qualidade de vida desta região, através do desenvolvimento de uma solução de proximidade», assinalou a AMCAL, no comunicado.

 De acordo com a associação, ao contrário dos aterros sanitários, que «simplesmente armazenam os resíduos, as centrais de valorização orgânica adotam métodos de tratamento para aproveitar ao máximo o potencial desses resíduos».

Adubo orgânico e biogás, que podem ser utilizados na agricultura ou na produção de energia renovável, são exemplos dos produtos de valor que podem ser gerados em centrais de valorização orgânica.

 



 

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