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O XIV Seminário Ibérico de Psicogerontologia, VII Seminário Ibérico de Gerontologia Social e Comunitária, com o tema “Dignidade no Envelhecimento e Longevidade”, vai ter lugar nos dias 18 e 19 de abril, Auditório da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), em modo presencial e online.

Saúde e bem-estar, Cuidados integrados e de longa duração, Capacitação dos cuidadores e melhoria das condições de prestação de cuidados, Ambientes seguros e amigos das pessoas idosas, Desenvolvimento e aprendizagem ao longo da vida, Vida laboral saudável ao longo do ciclo de vida, Rendimentos e economia do envelhecimento, Participação na sociedade, Longevidade com qualidade de vida e ainda Intervenção social e garantia dos direitos no envelhecimento são os temas a abordar durante o seminário.

«Na Declaração Universal dos Direitos Humanos adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (resolução 217 A III) em 10 de dezembro de 1948, observamos, no seu Artigo 1, que “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”. O reconhecimento da dignidade dos membros da família humana ao longo da vida possibilita um envelhecimento e longevidade com saúde, funcionalidade, realização e bem-estar», começa por dizer Maria Cristina Campos de Sousa Faria, coordenadora do Curso de Mestrado em Gerontologia Social e Comunitária do IP Beja, na apresentação da iniciativa.

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«É preciso que os direitos humanos estejam assegurados para que se possam construir ambientes de liberdade, respeito, confiança, justiça, saúde, segurança e paz, frutificadores do desenvolvimento harmonioso do potencial de cada um e da sua autonomia. O valor do ser humano ao longo da sua existência remete-nos para a sua dignidade que tem de ser respeitada por si (respeito por si próprio) e pelos outros», acrescenta.

Mas, sublinha esta especialista, «a observação da realidade evidencia que a dignidade humana não está a ser garantida na sua plenitude, em particular, nos mais velhos da sociedade. O ambiente é de insegurança no presente e no futuro próximo. É urgente que as forças vivas da sociedade estejam atentas e invistam de modo planificado e concertado no empoderamento das pessoas mais velhas, criando comunidades amigas da idade e de pro-envelhecimento e bem-estar».

Por isso, defende, «é preciso intervir de forma consciente e especializada em vários domínios da sociedade: qualidade da organização e prestação de cuidados de saúde a pessoas idosas; promoção da saúde; prevenção de doenças; atenção primária à saúde; assistência hospitalar geral; atendimento especializado por serviços geriátricos, psicogeriátricos, gerontológicos e de cuidados paliativos; cuidados intermediários e de longa duração na comunidade; inclusão e participação dos mais velhos, mitigando a solidão não desejada e o isolamento social; na segurança; no combate à pobreza; formação ao longo da vida; formação especializada em envelhecimento e longevidade dos profissionais; oportunidades na entrada da reforma; “aging in place”; e em residências e serviços de apoio aos idosos, com qualidade de vida e bem-estar».

«As evidências mostram que o atual quadro demográfico a nível global resulta de evoluções positivas, designadamente a diminuição da mortalidade e o aumento da esperança média de vida. As previsões perspetivam que em 2050, o número de pessoas acima de 60 anos corresponderá a mais do dobro do número de crianças abaixo de 5 anos. Em 2050, as pessoas com 60 anos ou mais ultrapassarão o número de adolescentes e jovens com idade entre 15 e 24 anos. As mulheres, habitualmente cuidadoras, tendem a viver mais do que homens, pelo que, no futuro teremos mais longevas. Esta realidade obriga à definição de uma política de longevidade, que passe pela melhoria das respostas sociais de apoio ao envelhecimento e ao género, que contemplem novas respostas e estratégias que reforcem a participação cívica e social. Os estereótipos e as atitudes negativas podem ser ultrapassados através da formação em prol da dignidade humana no envelhecimento e longevidade».

«Queremos que as pessoas mais velhas e longevas da nossa sociedade sejam tratadas com dignidade para que continuem a florescer e a manter as forças que lhes permitem viver de forma gratificante, inclusiva, confiante, com estilos de vida saudáveis, curiosidade, cooperação, respeito individual e qualidade de vida», escreve também.

«Vamos focar-nos nos princípios da Década do Envelhecimento Saudável 2020-2030 que tem como suporte a Estratégia Global sobre Envelhecimento e Saúde da Organização Mundial de Saúde, em particular, nas suas quatro áreas de ação: 1) mudar a forma como pensamos, sentimos e agimos com relação à idade e ao envelhecimento; 2) garantir que comunidades promovam as capacidades das pessoas idosas; 3) entregar serviços de cuidados integrados e de atenção primária à saúde centrados na pessoa e adequados à pessoa idosa; e 4) propiciar o acesso a cuidados de longo prazo às pessoas idosas que necessitem».

No âmbito do evento está a decorrer um Concurso de Fotografia sobre o tema. Os interessados devem enviar as fotografias inéditas, com designação do título da fotografia, nome do autor e idade, até ao dia 16 de abril para o e-mail [email protected]

A participação no Seminário é gratuita mediante inscrição clicando aqui.

 

 

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