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A coordenadora do BE Mariana Mortágua apresentou esta segunda-feira, 26 de Fevereiro, seis medidas urgentes para mudar o modelo económico do Alentejo, entre os quais parar as estufas, os licenciamentos das explorações superintensivas e impedir o abuso laboral acolhendo os imigrantes.

Num jantar comício em Évora, Mariana Mortágua foi muito crítica do que apelidou «relatos das conquistas agrícolas do Alentejo» que representam um modelo que considerou ser uma «irresponsabilidade, um atraso e perigoso».

«A responsabilização, incluindo criminal, de todos os que ganham com o abuso sobre os trabalhadores migrantes é o caminho para fazer justiça, mas a mudança de modelo é o que protege todo o Alentejo. Respondemos a essa mudança com seis prioridades, com seis urgências», adiantou.

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Entre os objetivos do BE está «parar as estufas, parar o licenciamento das explorações superintensivas e travar o abuso laboral e acolher os imigrantes», dando-lhes condições e salários porque são precisos «direitos e deveres iguais para todos».

«Obrigar a avaliação integrada de impacto ambiental e social, novas regras para a água, muito menos pesticidas. É preciso começar já a reconversão da produção que existe para um modelo de futuro. Se queremos futuro então precisamos num modelo económico de futuro», explicou.

Para Mortágua, é possível «ter uma agricultura forte, que respeite a terra e sua gente» e que leve à soberania alimentar.

«Nunca vi como agora tanto azeite produzido no Alentejo e tanta gente que não consegue aceder ao azeite porque o preço não para de subir. para onde é que vai o azeite produzido no Alentejo», criticou.

A alentejana que nasceu no Alvito, a pouco mais de 40 quilómetros do local onde decorreu este jantar comício, iniciou a sua intervenção recorrendo a nomes de pássaros que constam da letra da “Moda da Passarada”, – tarambolas, cucos, pintassilgos ou rouxinóis – para concluir que «nos campos do Alentejo já não há pássaros», mas «há produção recorde de azeite».

«Queremos campos onde se possam voltar a ouvir os pássaros. E queremos ouvir um cante novo, em todas as línguas de quem aqui vive e trabalha. O Alentejo merece todos os cantes, de todas as línguas, merece muito melhor», defendeu.

 



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