Regantes do Roxo investem em energia renovável para diminuir custos

Investimento na ampliação da central fotovoltaica “é muito importante” para a instituição

A Associação de Beneficiários do Roxo, no concelho de Aljustrel, investiu 700 mil euros na ampliação da sua central fotovoltaica e pretende construir uma nova mini-hídrica, avaliada em três milhões de euros, à saída da albufeira.

As obras da ampliação da central fotovoltaica do Aproveitamento Hidroagrícola do Roxo, avaliadas em 700 mil euros e financiadas pelo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020, foram inauguradas na sexta-feira pela ministra da Agricultura Maria do Céu Antunes.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação de Beneficiários do Roxo (ABR), António Parreira, explicou que o investimento na ampliação da central fotovoltaica “é muito importante” para a instituição.

“Este projeto tem uma inovação, que são uns painéis que ficam sobre o canal condutor geral, que permitem receber energia diretamente do sol e energia refletida pela água. Se isto resultar, será muito importante”, disse.

António Parreira frisou que os novos painéis têm ainda “mais duas funções importantes”, nomeadamente “diminuir a evaporação da água e, ao mesmo tempo, combater as algas” existentes no canal condutor geral.

O presidente da ABR revelou que a empreitada ficou concluída “no final” de 2023 e que “vai ser ligada agora à rede, para poder começar a funcionar”.

Nos planos da associação, com sede na freguesia de São João de Negrilhos, no concelho de Aljustrel, e responsável pela gestão do perímetro de rega do Roxo, que beneficia mais de 8.500 hectares neste município e nos de Ferreira do Alentejo (Beja) e Santiago do Cacém (Setúbal), está também a criação de uma central mini-hídrica à saída da albufeira.

Trata-se de um investimento na ordem dos três milhões de euros, suportado com verbas próprias da ABR, que, segundo António Parreira, “poderá estar concluído em 2025”.

A criação da central mini-hídrica, juntamente com a central solar fotovoltaica, permitirá à associação produzir energia para consumo próprio e para distribuir a outros utilizadores locais, nomeadamente regantes, “a um preço mais reduzido”.

A par disso, e no âmbito da Comunidade de Energia Renovável do Roxo, criada em 2022, a associação poderá fornecer, a empresas locais, a energia remanescente a um custo mais reduzido face ao praticado pelos operadores energéticos.

 

 

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