Projeto-piloto de tradução automática facilita atendimento aos imigrantes em Odemira

De acordo com Miguel Fontes, o projeto-piloto vai ser implementado até se atingir «o nível de maturidade», podendo depois ser alargado ao território nacional

O Governo quer facilitar o processo de atendimento aos cidadãos estrangeiros, através de um projeto-piloto em desenvolvimento em Beja, que recorre à Inteligência Artificial para a tradução automática de diferentes idiomas, e que foi visitado esta sexta-feira, 12 de Janeiro, pelo secretário de Estado do Trabalho.

Miguel Fontes, acompanhado pelo vice-presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) Bernardo Sousa, deslocou-se ao Balcão de Atendimento Permanente do IEFP de Odemira para assistir a uma demonstração do projeto-piloto de tradução automática, que, no futuro, irá facilitar o processo de atendimento a cidadãos estrangeiros.

De forma a melhorar a comunicação no atendimento, o projeto-piloto recorre à inteligência artificial, com recurso a um software de tradução simultânea, para a tradução automática de diferentes idiomas. Desta forma, os intervenientes poderão expressar-se na sua língua nativa, sendo automaticamente traduzidos.

Em declarações à Agência Lusa, Miguel Fontes explicou que «isto é feito com recurso a um software de tradução simultânea», instalado num ‘tablet’ que permite ao cidadão estrangeiro «expressar-se na sua língua nativa», sendo «imediatamente traduzido para a nossa língua e vice-versa». especificou.

O novo serviço, em funcionamento no Balcão de Atendimento Permanente de Odemira, que presta apoio a comunidades de trabalhadores imigrantes, resulta de um esforço para «reforçar» a presença do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) neste território «em termos de qualificação de espaços e de recursos humanos».

«Mobilizámos também a Autoridade para as Condições do Trabalho a ter uma presença bastante mais assídua no território para, no fundo, combater aquelas situações de práticas indesejáveis, ilegais e, por isso, é muito importante que esta integração se faça de uma forma plena no mercado de trabalho, com direitos e respeitando os direitos destas pessoas», afirmou.

De acordo com Miguel Fontes, o projeto-piloto vai ser implementado até se atingir «o nível de maturidade», podendo depois ser alargado ao território nacional e, em especial, a zonas «onde haja uma população com expressão» estrangeira.

Em nota de imprensa, a Câmara de Odemira diz que o «reforço e melhoria de serviços públicos em Odemira tem sido uma das preocupações do atual executivo».

Este serviço, em desenvolvimento no Balcão de Atendimento Permanente de Odemira, «traduz o empenho do Município e do Instituto de Emprego e Formação Profissional em reforçar a presença no território, quer em termos de qualificação de espaços e recursos humanos, quer ao nível da capacidade de resposta à população», acrescenta.

A visita foi acompanhada pelo presidente da Câmara de Odemira Hélder Guerreiro, pela vereadora Isabel Palma, pelo delegado Regional do Alentejo do IEFP e diretora e diretor-adjunto do Centro de Emprego e Formação Profissional do Alentejo Litoral.

 

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