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A greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) levou hoje à supressão de 140 comboios de 252 programados (55,6%) pela CP, entre as 00:00 e as 08:00, segundo dados da transportadora.

Os trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) cumprem hoje o primeiro de dois de greve intercalados, tendo sido decretados serviços mínimos.

Nas ligações urbanas de Lisboa, dos 113 previstos foram suprimidos 73, e nos de longo curso estavam programados 13 e foram suprimidos oito.

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Numa nota enviada à Lusa sobre os impactos desta greve na CP, a empresa precisa que dos 252 comboios programados, realizaram-se 112.

Em declarações hoje de manhã à Lusa, Adriano Filipe, presidente da Aprofer – Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário, disse que às 08:00 estavam a ser cumpridos os serviços mínimos.

A paralisação, que abrange os trabalhadores de operação, comando, controlo, informação, gestão de circulação e conservação ferroviária da IP, está relacionada com as condições de trabalho e vencimentos da profissão, segundo explicou à Lusa, Adriano Filipe.

“Os motivos desta greve são os mesmos” da paralisação que tinha sido convocada para setembro de 2022, lembrou, indicando que a IP se tinha comprometido a negociar um acordo, mas isso não aconteceu desde então.

“O acordo seria fechar as negociações e compromisso de paz social até 31 de dezembro de 2023, mas face ao incumprimento por parte da IP, resolvemos decretar greve a partir do início de janeiro e será uma greve que, até que haja um acordo ou uma mudança de posição, irá continuar”, afirmou.

Estes trabalhadores, distribuídos essencialmente por centros de comando operacionais (CCO), que controlam todo a operação ferroviária a nível nacional, exigem a regularização da sua profissão.

“Há 17 anos que novos postos de trabalho carecem de uma regularização do funcionamento e, portanto, nós trabalhamos nos moldes ainda da antiga CP”, indicou, salientando que o trabalho é “num posto altamente tecnológico, que concentra a circulação e manutenção toda do país inteiro”.

“O que nós pedimos é uma diferença de remuneração em relação àquilo que se paga nas estações”, indicou, salientando que estes cerca de 300 trabalhadores têm “o mesmo escalão remuneratório dos trabalhadores das estações”.

“Só que o trabalhador está numa estação tem uma responsabilidade muito local. Nós temos a uma responsabilidade nacional”, apontou, indicando que “o grau de concentração” é muito elevado, com os trabalhadores a terem de gerir manobras, circulação, acidentes, avarias, entre outras tarefas.

A greve poderá também afetar a circulação dos comboios na quarta e na sexta-feira, esclareceu a CP, numa nota publicada no ‘site’.

Nos dias de greve, estão garantidos serviços mínimos, com a previsão de circulação do Alfa Pendular e Intercidades, Regional, InterRegional e Internacional, Comboios Urbanos do Porto, Comboios Urbanos de Coimbra e Comboios Urbanos de Lisboa.

 



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