Dois artistas clandestinos estreiam “Deus Pátria e Tik-Tok” em Serpa

O espetáculo dos Dois Artistas Clandestinos vai subir ao palco do Cineteatro Municipal de Serpa, no domingo

O espetáculo “Deus Pátria e Tik-Tok”, pelos Dois Artistas Clandestinos, com estreia marcada para domingo, em Serpa, propõe discutir com humor o fascismo em Portugal e os discursos populistas.

Trata-se do primeiro objeto artístico de Bárbara Soares e Marco Ferreira, que forma a dupla Dois Artistas Clandestinos, que conta com o apoio da Baal17 – Companhia de Teatro, de Serpa, no âmbito das residências de criação do projeto CA – Cultura Viva.

Segundo a Baal17, em “Deus Pátria e Tik-Tok”, com criação, dramaturgia e interpretação de Bárbara Soares e Marco Ferreira, “dois palestrantes, um lema salazarista e uma rede social encontram-se numa sala de uma escola secundária”.

“Estão lançadas as bases para uma conferência/espetáculo que discute com humor o branqueamento do fascismo em Portugal e o proliferar dos discursos populistas”, referiu a companhia alentejana, em comunicado.

 

 

O espetáculo dos Dois Artistas Clandestinos vai subir ao palco do Cineteatro Municipal de Serpa, no domingo, a partir das 16h00, para o público em geral, seguindo-se, na terça-feira, uma apresentação na escola secundária da cidade.

“Quando estamos perto de assinalar os 50 anos da nossa liberdade, esta conferência vem lembrar que os valores democráticos não estão para sempre a salvo e que, se não estivermos atentos, podemos deixar de olhar para o Estado Novo como uma ditadura e até compactuar com ideias e projetos intolerantes”, salientou.

De acordo com a Baal17, a peça retrata dois conferencistas que “percorrem as escolas do país para apresentar uma petição de alteração ao programa curricular de História e apresentar um vasto projeto que devolverá Portugal aos portugueses”.

“Através de uma conferência, mostram que dificilmente houve fascismo em Portugal, que a ditadura foi um lugar de progresso e que há uma necessidade de novos projetos que promovam o ‘Ser Português’”, conta.

Esta história, salientou a companhia alentejana, tem o objetivo abordar “os discursos populistas que procuram branquear a memória da ditadura em Portugal e difundir o nacionalismo, o racismo e a misoginia”.

A dupla que forma Dois Artistas Clandestinos juntou-se para “pensar artisticamente sobre que papel que devemos representar, como cidadãos do século XXI, na defesa dos valores democráticos conquistados há 50 anos”, acrescentou.

 

 

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