As duas sessões finais do projeto “Observatório dos Rios”, que decorreu ao longo de três semanas, em Tavira, vão ter lugar amanhã e domingo, dias 21 e 22 de outubro, às 15h00 e às 10h30, respetivamente, no Centro de Experimentação Agrícola de Tavira (CEAT), o antigo Posto Agrário.
Esta ação foi realizada no âmbito do projeto “Odisseia Nacional, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria I, que conta com a parceria da Fundação Calouste Gulbenkian.
No âmbito do “Observatório dos Rios”, o Guarda Rios, um coletivo de investigação e criação artística, «reuniu diversos artistas visuais e performers e questionou o atual modelo da agroindústria», ao longo de três semanas, nas hortas comunitárias do CEAT, «um território onde as questões da escassez de água são prementes e as monoculturas absorvem grandes quantidades de recursos hídricos», segundo a Câmara de Tavira.
«Considerando, ainda, que Tavira é uma cidade rica em vida cultural e património histórico, duas das ações previstas realizaram-se na Ermida de São Roque e no Clube de Tavira», acrescentou.
No decorrer destas sessões, «os participantes foram convidados a partilhar experiências, conhecimentos e narrativas que foram incorporadas na dramaturgia do trabalho».
«O “Observatório dos Rios” apresentou-se ao público, através de uma série de peças e dispositivos interativos, ativados pelos participantes, durante o percurso performativo. Através destes encontros pretendeu-se estimular associações e fomentar coletivos locais a criarem os seus próprios observatórios», descreve ainda a autarquia.
O “Odisseia Nacional” «democratiza a oferta teatral e pretende retratar dimensões fulcrais da atividade cultural em Portugal, procurando, através do teatro, criar uma reflexão aprofundada sobre as diversas realidades, promover a coesão territorial e deixar um lastro para o futuro».
O Município de Tavira celebrou, recentemente, com o Teatro Nacional D. Maria II um protocolo de colaboração que visa a difusão e a criação de atividades artísticas, culturais e educativas, no campo das artes performativas, bem como a promoção da cidadania e democratização do acesso às artes e cultura.
A primeira colaboração traduziu-se no acolhimento do projeto “Odisseia Nacional”, o qual conta com a parceria da Fundação Calouste Gulbenkian.