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O PCP defendeu, esta sexta-feira, 15 de Setembro, a reversão da privatização da Algar, uma vez que as «graves insuficiências» na recolha dos ecopontos «não podem ficar sem consequências».

Em comunicado, os comunistas recordam que «a acumulação de lixo nos ecopontos por todo o Algarve é já recorrente».

«Este Verão voltámos a assistir a essa imagem degradante para a região e perigosa para as populações e a sua qualidade de vida. Esta situação confirma que a privatização da Algar é contrária aos interesses das populações e apenas serve os interesses dos grupos económicos que acumulam lucros com essa atividade, desprezando o serviço público e as necessidades das populações», defendem.

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«A solução que se impõe para este problema é a reversão da privatização da Algar e recuperação do controlo público da empresa, a par do investimento na melhoria das condições de recolha e tratamento dos resíduos sólidos recicláveis», lê-se ainda.

A recolha e gestão de resíduos recicláveis, tal como o tratamento e deposição dos resíduos sólidos urbanos na região, foi concessionada a privados em 1995 e está privatizada desde 2014, em consequência do processo de privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF).

Essas decisões e os prejuízos que daí resultam para o Algarve e os algarvios são, acusa o PCP, «inteiramente da responsabilidade de PS, PSD e CDS».

«Com a situação recorrente de falta de recolha e acumulação de lixo generalizados, além dos problemas de saúde pública fica também em causa o tratamento eficaz deste tipo de resíduos. Ao não serem recolhidos atempadamente, deixando que se criem situações de depósito fora dos contentores e levando a uma sujidade generalizada ao redor dos ecopontos, estes resíduos acabam por ser depois tratados como resíduos indiferenciados, não sendo devidamente encaminhados e tratados», diz o Partido Comunista.

As falhas que têm vindo a verificar-se na recolha dos recicláveis são, na visão do PCP, «consequência direta da privatização e dos critérios da gestão privada que põem os lucros dos acionistas à frente do serviço que devia ser prestado às populações».

«Face às falhas da gestão privada da Algar na recolha dos resíduos que são da sua responsabilidade, o que se tem visto acontecer é as autarquias a substituírem-se à Algar nessa recolha», como acontece em Portimão ou Albufeira, por exemplo.

«O resultado dessa opção é inadmissível: para os acionistas da Algar ficam os lucros mas o ónus da ineficiente gestão privada está a ser transferido para os municípios e para os cidadãos. A solução que se impõe é a reversão da privatização da Algar e a recuperação do controlo público da empresa», conclui o PCP.

 



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