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A Câmara Municipal de Lagos está a investir 5 milhões de euros em projetos para melhor gerir a água distribuída na rede doméstica, revelou Paulo Reis, vice presidente da autarquia, em declarações ao Sul Informação.

Estes investimentos são pagos por verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

«Candidatámos dois projetos. Um deles já foi financiado e vamos lançar agora a empreitada. Ronda 1 milhão de euros e tem a ver com a primeira fase de criação de seis Zonas de Monitorização e Controlo (ZMC)». Trata-se de equipamentos eletrónicos que permitem ver, «através dos volumes de água consumidos, se há roturas, se há consumidores a gastar mais do que o que deveriam», explicou Paulo Reis.

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Na segunda fase, que representará «muito mais investimento», serão aplicados 4 milhões de euros para implantar mais 46 ZMC.

«Com estas 52 ZNC, conseguiremos monitorizar o concelho todo», garantiu o vice presidente da Câmara.

O autarca, que falava com o Sul Informação à margem da deslocação que o ministro do Ambiente fez ao Algarve na terça-feira, adiantou que os investimentos da Câmara de Lagos na melhoria da gestão dos seus recursos hídricos não começaram agora, nem ficam por aqui.

«Acessoriamente, reformulámos toda a nossa telegestão da distribuição dos depósitos para a rede doméstica», acrescentou.

Lagos está também a fazer «um esforço enorme na redução da intrusão salina, o que vai permitir que um projeto, que também rondará os 4 milhões de euros, seja implementado e que tem a ver com a reutilização da água da ETAR», disse ainda Paulo Reis. Neste momento, «estamos com valores de intrusão salina já bastante aceitáveis».

O projeto passa por diminuir a intrusão salina nas águas residuais que são conduzidas para tratamento na ETAR, permitindo depois que, após obras de Elevação e Adução de Água para Reutilização (ApR), se «abasteça quer o campo de golfe da Boavista, quer o campo de golfe dos Palmares, assim como alguns espaços verdes públicos».

Trata-se de mais um investimento para a reutilização de águas tratadas nas ETAR que ficará a cargo da empresa Águas do Algarve, no âmbito das intervenções que têm estado a ser feitas em outras Estações de Tratamento algarvias, das quais os casos mais recentes são as ETAR de Vilamoura e Quinta do Lago.

O vice presidente Paulo Reis adiantou igualmente que o Município de Lagos tem estado a trabalhar para diminuir as perdas de água na rede.

«Registávamos perdas de 26%, neste momento estamos com cerca de 21%. Já conseguimos reduzir bastante, mas o nosso objetivo é reduzir para 18% de perdas em 2026», acrescentou, nas suas declarações ao Sul Informação.

«Isto implica um esforço e um investimento muito grande. Trata-se de um problema transversal aos municípios de todo o país, até porque, durante muitos anos, o investimento nas infraestruturas não era aquele que deveria ter sido feito», admitiu.

Assim, «cada vez que temos uma intervenção urbana ou numa rede viária, substituímos as condutas, o que tem também contribuído para diminuir as perdas de água», acrescentou.

Nos espaços públicos municipais, «também temos um sistema que telegestão, com uma estação meteorológica associada». Graças a esses equipamentos, «os caudais disponíveis para a rega são monitorizados todos os dias, com sistemas de alarmística, que permitem a reparação atempada das roturas que possam existir nos espaços verdes», garantiu o autarca.

«Com isto, temos contribuído para diminuir as perdas de águas nesses espaços verdes e as perdas em geral», concluiu.

A diminuição das perdas de água na rede de distribuição urbana é uma das medidas previstas no Plano Regional de Eficiência Hídrica do Algarve, ao qual o PRR atribui uma verba total de 200 milhões de euros.

Além da redução das perdas de água no setor urbano, as verbas do PRR destinam-se a aumentar a eficiência no setor agrícola, aumentar a capacidade disponível das albufeiras, promover a utilização da água residual tratada e a dessalinização da água do mar.

 

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