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O secretário-geral do PCP solidarizou-se hoje com as vítimas do fogo de Odemira, no distrito de Beja, e defendeu a necessidade de os apoios prometidos pelo Governo chegarem rapidamente às populações.

Numa intervenção num almoço/convívio realizado na Mina de São Domingos, no concelho de Mértola (Beja), Paulo Raimundo advertiu que é necessário que as promessas feitas nos últimos dias por representantes do Governo sejam respeitadas e que não aconteça o mesmo que nos fogos do ano passado na serra da Estrela, cujas populações ainda não foram apoiadas.

“Ano após ano, continuamos a assistir ao resultado de políticas erradas, nomeadamente no ordenamento do território e na política da floresta, ano após ano se lamenta a ausência de medidas estruturais”, considerou o secretário-geral comunista, perante uma plateia de cerca de 200 pessoas, na localidade mineira alentejana do distrito de Beja.

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Salientando que os fogos “não são obra do acaso, têm várias causas”, o dirigente do PCP apontou como “causa funda para o drama dos incêndios” as “opções da política de direita” que levam à falta de investimento na floresta, no mundo rural e na Proteção Civil, além de falta de prevenção.

“E daqui, pela proximidade, prestamos a solidariedade, uma palavra amiga, acolhedora, às populações do concelho de Odemira e a todos os que estiveram a combater este tremendo incêndio, aos bombeiros, aos profissionais das forças de segurança, à Proteção Civil, às populações”, disse.

Paulo Raimundo manifestou também a solidariedade com as vítimas dos outros fogos que deflagram “um pouco por todo o país” e lamentou que em Odemira se volte a repetir a visita de ministros e secretários de Estado a prometer apoios às populações afetadas.

“Já conhecemos a história. Estamos a ter um vaivém de ministros e secretários de Estado e outras personalidades ao concelho de Odemira, cada um que lá vai faz uma promessa nova, vamos recorrer a este programa, agora vamos recorrer àquele, agora vai ser isto, agora vai ser aquilo”, criticou.

A propósito, Paulo Raimundo lembrou os casos da Guarda e de Castelo Branco, onde “até agora aquelas pessoas não receberam um tosto, ainda”, apesar das promessas feitas após os incêndios que afetaram os distritos no passado.

“Ora, o que é preciso é que o que aconteceu na serra da Estrela não aconteça também aqui em Odemira e que esses apoios, que são devidos às populações, rapidamente cheguem às populações, aos agricultores e àqueles que querem por a terra a trabalhar, que é isso que é preciso”, alertou.

Hoje, após uma reunião com dirigentes de associações e autarcas sobre os danos provocados pelo fogo de Odemira, que começou no dia 05 e voltou hoje a ter uma reativação, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, revelou que o levantamento dos prejuízos causados pelo fogo vai ser feito até 12 de setembro, enquanto o Governo decide os apoios a conceder.

“É o tempo de fazer o levantamento rigoroso dos prejuízos e irmos recebendo alguma informação e planeando” os apoios, afirmou a ministra Ana Abrunhosa, em declarações aos jornalistas em São Miguel, na freguesia de São Teotónio, Odemira.

Na sua intervenção, o secretário-geral do PCP também lembrou que em relação à seca, que classificou como “mais um drama” que o país enfrenta todos os anos, o PCP apresentou em outubro, na Assembleia da República, “um plano nacional para prevenção estrutural dos efeitos da seca”.

“Mais uma proposta fundamental para o nosso presente e o nosso futuro que os aliados da política de direita decidiram chumbar. Não faz mal, a nossa proposta foi chumbada, mas ela continua válida, ainda mais válida hoje do que na altura em que foi chumbada, e não abdicamos de voltar a ela”, prometeu.

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