Masters Futsal: Vitória categórica do Benfica sobre o campeão europeu [fotogaleria]

Desporto

O Benfica venceu de forma clara o Maiorca Palma Futsal por 5-1, com 3-0 ao intervalo, no jogo de abertura da terceira jornada do International Masters Futsal 2023, perante boa casa em Portimão com cerca de 700 adeptos – muitos jovens nas bancadas. Destaque para o bis de Afonso e Carlinhos.

Os comandados de Mário Silva reagiram bem ao desaire de quinta-feira frente ao Kairat e, com entrada em campo forte e competente, somaram os três pontos de forma indiscutível.

Com este resultado, expetativa ao rubro para a partida do final deste sábado, entre o Kairat e o SC Braga, a partir das 18h30, e que na verdade vai decidir… o grande vencedor do torneio. Ao campeão cazaque o empate é suficiente, à equipa minhota só o triunfo interessa para garantir o troféu.

Uma nota para o desempate nos penáltis – realiza-se no final de todas as partidas como possível critério a aplicar para definir a classificação – que o Benfica também levou a melhor por… 16-15! Sim, foram necessários 34 pontapés da marca dos seis metros, três deles não concretizados. Curioso e inusitado.

Nas escolhas iniciais, o técnico Mário Silva – Chiskala, Bruno Cintra e Silvestre de fora, tal como Lúcio, este a representar a Seleção Sub19 – manteve André Sousa na baliza, mas apostou em Jacaré como pivô, ao lado de Bruno Coelho, Afonso Jesus e Arthur.

Do lado do campeão europeu em título, Vadillo contou hoje com Bárron na baliza – Luan ausente por motivos particulares – que se juntou no cinco inicial a Chaguinha, Rivillos, Marcelo e Tayebi. Villian e Moslem, ausentes na quarta-feira no empate diante do SC Braga, estiveram no banco, mas não foram utilizados.

Depois de uma primeira oportunidade por Arthur, o Benfica inaugurou o marcador logo aos dois minutos, em situação de guarda-redes subido. André Sousa progride na zona central e remata para desvio oportuno de Afonso ao segundo poste.

Sul Informação — Foto: MIguel Bessa | Record International Masters Futsal

Entrada forte do vice-campeão nacional, a reagir bem ao desaire e exibição menos consistente na estreia no Masters, e um minuto volvido ficou ainda mais confortável com a obtenção do segundo tento. Jacaré estica descaído na esquerda, pisa a ameaçar combinação, volta a pisar com olhos em várias soluções e acaba por decidir rodar para dentro e finalizar cruzado para o fundo das redes. Bem trabalhado.

Em desvantagem no marcador, o Palma assumiu linhas de marcação mais subidas, passou a ser mais pressionante a defender, e Bruno Gomes e Tayebi deram mais profundidade, sempre em 3:1.

O Benfica geriu a liderança no marcador, sempre com rigor afinado, baixou as linhas defensivas – ainda que mantendo a defesa individualizada, fechou o corredor central, agrupou os jogadores, e Martim e Léo Gugiel rodaram na baliza.

Aos 11 minutos surge o terceiro tento da equipa “encarnada”. Roubo de bola no meio, contra-ataque simples e direto, Afonso acelera pelo meio, penteia a bola, temporiza ajustado para encarar Bárron na distância certa, e finaliza de “boina”, cruzada, com classe.

Aos 14 minutos, o Palma reduziu numa jogada coletiva bem desenhada, por intermédio de Fabinho, a desviar de primeira na ala contrária.

Após o intervalo, Mário Silva manteve sempre Léo Gugiel como guarda-redes, o embate foi intenso e competitivo, mas mais controlado,, cronómetro a correr, menos oportunidades, Benfica a “mandar” no jogo e nos ritmos.

Aos 29 minutos, Carlinhos “matou” o jogo com a obtenção do quarto golo, a finalizar com qualidade mais um contra-ataque.

A formação espanhola, ainda mais desmoralizada, atingiu a quinta falta aos 33 minutos e foi obrigada a baixar a agressividade e reduzir a pressão nos duelos.

Carlinhos também fez a quinta falta aos 36 minutos e colocou as equipas em pé de igualdade na gestão física do jogo.

Aos 37 minutos, falta de Rocha sobre Chaguinha levou Rómulo para a marca dos 10 metros. Martim entrou para defender, e defendeu mesmo, enterrando definitivamente as esperanças do Palma.

Um minuto depois, na execução de um fora, o esquerdino Carlinhos fechou o marcador, num remate de primeira, exterior em aproximação, com o pé direito.

O jogo terminou, mas não a emoção. Nos penáltis – há desempate por esta via no final de todas as partidas -, o Benfica também levou a melhor por… 16-15. Foram necessários 34 pontapés da marca dos seis metros. Facto muito raro na história da modalidade.

A palavra aos treinadores:

Mário Silva:
“Entrar a ganhar ajuda. A diferença do último jogo para este esteve no rigor que tivemos nas nossas ações. Fomos mais rigorosos, mais exigentes nas tarefas, mais disciplinados e responsáveis.”Afonso Jesus:
“Hoje aproveitámos melhor as oportunidades que tivemos. Fomos uma equipa mais consistente a atacar e a defender. Aproximámo-nos daquilo que são as nossas ideias e do Benfica que queremos para esta época.”António Vadillo:
“Começámos mal a partida, tivemos dificuldades com o jogo de pivô do Benfica. Depois do 2-0 criámos algumas oportunidades, mas depois do 3-0 tivemos situações em parecíamos meninos ao pé dos jogadores do Benfica. A segunda parte foi mais igualada, mas o Palma sentiu-se um pouco derrotado e esse é um problema que temos de solucionar.”

Chaguinha:
“Entrámos mal no jogo e quando se leva três golos nos primeiros minutos (de uma equipa como a do Benfica), fica muito difícil dar a volta. Entrámos um pouco desconcentrados. Temos de dar mérito ao Benfica.”