O Kairat Almaty, do Casaquistão, sagrou-se este sábado o grande campeão da sexta edição do Record International Masters Futsal 2023, disputado em Portimão, ao derrotar o SC Braga por 1-0 na terceira jornada, e assim somar por vitórias os três jogos disputados.
Um golo do pivô Dener ao segundo poste aos 39 minutos – agora isolado no comando dos melhores marcadores com quatro remates certeiros – ditou o desfecho da partida, após excelente assistência de Caio Ruiz, ala brasileiro que passou pelo Portimonense e Sporting, e que desbloqueou o resultado ao “escrever” uma jogada fantástica em Portimão.
No final do embate, teve lugar a cerimónia de entrega das medalhas e do troféu ao Kairat, nas mãos do capitão Higuita. A equipa cazaque sucede ao Sporting na lista de vencedores.
Apesar de menos “sal” – leia-se golos -, a receita ditou um jogaço de Futsal na Portimão Arena, com incerteza no resultado ao longo dos 40 minutos, plenos de intensidade, remates, defesas e competitividade.
Este domingo, às 11 horas, defrontam-se Benfica e Anderlecht, sendo que o vencedor garante o segundo lugar do torneio. Às 15 horas, Sporting e Palma fecham o Masters, na reedição da última final da Champions.
Nas escolhas iniciais do SC Braga, Joel Rocha – com todos disponíveis na ficha – colocou Dudu na baliza, com Ygor Mota, Tiago Brito, Robinho e Henmi na frente.
Do lado do Kairat – Douglas Jr. lesionado, foi baixa importante -, Higuita, Edson, Rashit, Caio Ruiz e Allison foram as apostas de Marlon Velasco para o cinco inicial.

Com muita rotatividade nos bancos, ambos os técnicos ameaçaram com a estratégia do guarda-redes subido, para simultaneamente baixar as linhas defensivas do adversário e conseguir ter posse de bola (para descansar e/ou agredir o opositor). Ítalo e Allan, de um lado, e Allison, Dener, Alex Viana e Tursagulov do outro, foram os pivôs de serviço, dando corpo ao sistema 3:1, o preferido para ambos os conjuntos.
Aos sete minutos, erro na posse ditou duplo atraso para Dudu e originou o consequente livre indireto aos seis metros a favor do Kairat, em zona frontal. Caio Ruiz pisou para Pedrinho, que rematou para excelente defesa do guardião bracarense.
As defesas individualizadas com forte pressão na bola, e a audível intensidade nos duelos, obrigava a constantes mudanças de velocidade.
Aos 16 minutos, Ítalo enviou bomba ao poste, na grande ocasião para o SC Braga no primeiro tempo.
As posses de bola bem definidas, com boa gestão do risco e segurança, ditaram criteriosos momentos e zonas das perdas de bola e, em consequência, geraram poucos contra-ataques.
A primeira metade pautou-se por muitos remates, mas menos oportunidades claras, pelo que o empate sem golos ajustou-se ao intervalo.

Depois do descanso, agora com Deivd na baliza bracarense, foi mais do mesmo, no bom sentido. Jogo muito dividido, com nada grátis nos últimos metros do cone de finalização e muito equilíbrio.
Aos 31 minutos, Robinho teve (quase) nos pés a melhor chance para inaugurar o marcador. Henmi furou bem na esquerda, no um contra um, e entregou literalmente de bandeja para o meio, com o ‘jovem veterano’ à boca da baliza a ficar muito perto de conseguir desviar para o fundo das redes. Ouviu-se o conhecido “bruá” na Arena.
Contagem decrescente no relógio, emoção crescente em campo.
Aos 39 minutos o Kairat carimbou em definitivo o título no Masters ao marcar o único golo da partida. Caio Ruiz sentou Henmi na ala direita, ao seu jeito, tabelou com qualidade com o apoio curto – o clássico dá e recebe na frente – e assistiu de forma excelente Dener ao segundo poste.
Joel Rocha apostou de imediato em Deivd como guarda-redes… mais avançado que subido, mas a necessidade de rapidamente fazer dois golos em conjunto com a motivação extra da equipa cazaque, “já com o troféu na mãos”, não se traduziu no objetivo pensado.

A palavra aos treinadores
Joel Rocha:
“Separar o resultado do produto final, que conseguimos pôr em prática nestes jogos. Fica uma prestação extremamente meritória e muita qualificada. Estou muito satisfeito com aquilo que a minha equipa fez.”
Robinho:
“Jogámos bem. Eles foram mais felizes. Nós tivemos muitas oportunidades para marcar, mas no final tivemos de arriscar e eles aproveitaram. Temos um excelente grupo, uma excelente família. Hoje já existe um Sp. Braga para defrontar qualquer equipa.”
Marlon Velasco:
“As sensações são muito positivas. Estamos numa fase da época em que os resultados não são o mais importante, mas é bom conseguirmos ser sempre competitivos. Ainda por cima tivemos algumas baixas importantes, mas foi bom. Soubemos sofrer, fomos uma equipa valente e estou muito contente com o que levamos daqui. Parabéns à equipa pelo troféu, mas também à organização por este espectacular torneio!”
Higuita:
“Foi bom esse espírito de uma final neste grande torneio de pré-temporada. Foi o primeiro troféu do ano e estamos muito felizes. Não vou esconder que entrámos muito a sério e para ganhar esse prestigiado torneio.”
Fotos: Nelson Ferreira | Sul Informação
SC BRAGA 0-1 KAIRAT ALMATY
Ao intervalo: 0-0
Equipa de arbitragem:
1.º árbitro: Ruben Santos
2.º árbitro: David Pereira
3.º árbitro: Eduardo Coelho
Cronometrista: Pedro Costa
Marcha do marcador:
0-1 (39’) Dener
Cincos iniciais:
– SC BRAGA: Dudu, Tiago Brito, Robinho, Ygor Mota e Henmi
Treinador: Joel Rocha
Capitão: Tiago Brito
– KAIRAT: Higuita, Rashit, Edson, Pedrinho e Alisson
Treinador: Marlon Velasco
Capitão: Higuita
Disciplina:
SC Braga: Nada a assinalar
Kairat: Caio Ruiz (39)
Faltas:
1.ª parte: 2-3
2.ª parte: 2-4
