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O Partido das Pessoas, dos Animais e da Natureza (PAN) manifestou a sua oposição quanto à prospeção de minério nos concelhos de Alcoutim e Castro Marim. 

«A solicitação de direitos de prospeção e pesquisa de minerais, incluindo ouro e prata, pela empresa EMISURMIN, com sede em Lisboa e capitais maioritariamente espanhóis, é motivo de grande preocupação para o PAN Algarve», referiu o partido em nota.

Como argumentos o PAN destaca a biodiversidade local, o turismo sustentável e desenvolvimento económico local, a agricultura e segurança alimentar e a escassez de água.

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Além destes fatores, Saúl Rosa, membro da comissão política do PAN Algarve, afirma que «o partido acredita que várias entidades locais que deveriam ter influência na matéria foram ignoradas, como a autarquia de Castro Marim, que ao contrário do executivo de Alcoutim, entendeu os perigos reais caso esta exploração avance. Algumas associações como a Almargem e movimentos cívicos como o da defesa do nordeste Algarvio também mostraram-se reticentes com esta possível prospeção. A Quercus também já sinalizou recentemente, o modo pouco responsável (a nível de considerações de impacto ambiental) como a atribuição de licenças de prospeção mineira estão a ser efetuadas no país».

 

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Por estas razões, o partido pede aos decisores políticos responsáveis para «repensar sobre a possível atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de minerais em Alcoutim e Castro Marim, levando em consideração os argumentos apresentados e os potenciais danos à biodiversidade, ao turismo sustentável, à agricultura e ao meio ambiente como um todo».

O PAN considera que as soluções sobre a forma como os licenciamentos para exploração mineira deveriam ser considerados passam por «proibir concessões de mineração a menos de 20 km de povoações, preservando áreas protegidas e a qualidade de vida das comunidades locais; priorizar estudos geológicos em vez de usar a prospeção como meio direto de exploração mineral; rever contratos de mineração anteriores e avaliar os seus impactos ambientais e sociais; garantir poder de veto das autarquias municipais nos contratos propostos pelo Governo, assegurando a participação das comunidades locais e exigir orçamentos realistas e detalhados das empresas, cobrindo custos de recuperação das áreas de exploração e estimando impactos económicos, como geração de empregos e contribuições para o PIB».

O partido ainda alerta que Portugal ocupa «uma posição alarmante no ranking europeu de espécies ameaçadas, encontrando-se em quarto lugar com um total de 456 espécies em perigo, classificando Portugal como o vigésimo sétimo país com maior número de espécies ameaçadas».

«Estamos entre os 15% dos países com maior risco de extinção, o que é extremamente preocupante. Devemos agir imediatamente para proteger a nossa biodiversidade. É inaceitável termos um desempenho tão alarmante considerando o tamanho do nosso território. É imperativo reconhecer a gravidade da situação e implementar medidas drásticas para preservar a nossa fauna e flora. É importante termos também o contributo da população local e unir esforços na defesa do Algarve», conclui Saúl Rosa.

 



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