Durante mais de 20 anos, percorreu a Europa. Agora, está em Aljezur pronta para ser vista. Na “Biblioteca de cordas e nós”, há manuscritos inéditos, textos, partituras, desenhos, objetos encontrados no lixo e cilindros cheios de mensagens feitas de cordas e nós.
Esta instalação pode ser visitada a partir desta quarta-feira, 12 de Julho, às 21h30, integrada no Teatro de Palha, na Zona Industrial da Feiteirinha, em Aljezur.
Criada por José Antonio Portillo a partir de um trabalho escolar e comunitário, esta é uma instalação-espectáculo que também será visitável de quinta-feira a domingo, a partir das 19h00.
A história da vinda desta biblioteca para Aljezur é contada por Pedro Quintela, o arquiteto responsável pela conceção do “Teatro de Palha”.

«Após o projeto do teatro estar concluído, o diretor artístico Giacomo Scalisi disse-me que iríamos ter a oportunidade de expor esta instalação durante a última semana do programa. Meio atrapalhado com a notícia de última hora e a escolha do seu lugar, a minha primeira proposta foi colocá-la na rua, à porta do teatro, assumindo-a como uma peça independente», diz.
A ideia final acabou por ser outra.
«Costumo desenhar as linhas dos percursos das pessoas nas plantas dos meus projetos e até as formas geométricas ocultas dos seus espaços. Na área onde está exposta a exposição fotográfica do João Mariano tinha desenhado um percurso junto de uma circunferência com a medida exata desta instalação. Foi aí mesmo que senti o pedido da peça para ser pousada e partilhada», explica.
Para estes últimos dias, o “Lavrar o Mar” preparou mais cinema (“Tenho Sonhos Elétricos”, de Valentina Maurel, dia 13) e música, com Carlos Bica, um dos grandes nome do jazz em Portugal (dia 14), os Sopa de Pedra (dia 15) e Cabaret Cosmológico (dia 16).
Os bilhetes podem ser comprados aqui.