A cidade de Évora e três outras localidades do Alentejo (Evoramonte, Outeiro, Vera Cruz) acolhem, entre 9 de Setembro e 7 de Outubro, 15 criações de dança contemporânea de criadores emergentes e criadores com percurso, no âmbito do 23ª edição do Festival Internacional de Dança Contemporânea (FIDANC).
Sendo uma iniciativa da CDCE – Companhia de Dança Contemporânea de Évora, o cartaz é preenchido por criações, cujas áreas artísticas têm como foco as dimensões do corpo, do movimento, e da dança contemporânea, no cruzamento com outras áreas artísticas e de pensamento.
Inspirado na diversidade das linguagens da dança contemporânea portuguesa e nas tendências das artes performativas, a edição deste ano do FIDANC contribui, de acordo com a organização, «para uma reflexão sobre práticas artísticas na sua relação com as questões da sociedade contemporânea, e para o estabelecimento de uma plataforma artística, na cidade de Évora, que se expande a outras localidades do interior do Alentejo Central, aberta à fruição de práticas artísticas na arte contemporânea».
Entre 9 de Setembro e 7 de Outubro, espetáculos de dança de grande e média dimensão, dirigidos a vários públicos, performances, curtas de dança, filmes de dança, workshops, masterclasses, conversas, visitas de artistas às escolas, são apresentados de forma descentralizada em vários espaços da cidade de Évora, como o Teatro Garcia de Resende, Black Box, espaços ao ar livre, escolas EB1, entre outros.
Além disso, «ultrapassam a geografia do concelho de Évora, com apresentações em três localidades caraterizadas por uma acentuada perda de população e falta de oferta cultural – aldeias de Évoramonte, Outeiro, e Vera Cruz», frisa a organização.
De forma a garantir uma oferta artística permanente durante o período de realização do festival, online (site da CDCE e página Facebook) apresenta-se em sinal aberto curtas de dança de criadores emergentes e com percurso.
A abertura da grelha de programação acontece no dia 9 de Setembro, com curtas de dança online (na página do Facebook da CDCE, até ao dia 30 de Setembro) e estreia da nova criação When the Fear Becomes a Virtue, do criador Gonçalo Almeida Andrade, nas localidades de Evoramonte e Vera Cruz.
Na semana de 11 a 17 de Setembro, a programação segue com a realização de uma masterclass de dança contemporânea, no espaço da Black Box, curtas de dança online, e apresentação do espetáculo “Pintura transparente sobre tela invisível”, de Vera Mantero, no espaço da Black Box.
As apresentações no palco do Teatro Garcia de Resende iniciam-se no dia 19 de Setembro, com “Lucidez”, de Nélia Pinheiro, um regresso a Évora após um período de circulação nacional. No final do espetáculo, a criadora e intérprete abre um momento de conversa com o público.
A 20 de Setembro, inicia-se a programação para a infância, com a mostra de “Custas de Dança”, de criadores portugueses, seguida de conversa, na escola EB1 do Bairro de Almeirim. No dia 26, as “Curtas de Dança” visitam a escola EB1 Heróis do Ultramar.
Já a 21 de Setembro, o Teatro Garcia de Resende acolhe a criação “Coexistimos”, de Inês Campos, uma estreia na programação do FIDANC.
No sábado, 23, a programação divide-se entre a realização de uma masterclass de dança contemporânea, no espaço da Black Box, e apresentação da nova criação de Paulo Ribeiro “Sem um nós não pode haver voz”, no Teatro Garcia de Resende.
A última semana do mês de Setembro é marcada pela apresentação de curtas de dança nas escolas EB1, e, no dia 27, no Teatro Garcia de Resende, pela estreia mundial da nova criação de Dinis Machado, “Try Dimensions”, uma coprodução com a CDCE.
No dia 28, às 18h30, Clara Andermatt apresenta, na rubrica do festival Dança na Palavra, o filme “Retrato”, com realização de António Gil. Pelas 21h30, no Teatro Garcia de Resende, os novos criadores Miguel Santos e Beatriz Lourenço estreiam as suas primeiras obras, resultado de uma colaboração entre a CDCE e a Escola Superior de Dança.
No sábado, dia 30, às 21h30, Clara Andermatt apresenta, no palco do Teatro Garcia de Resende, o espetáculo comunitário “Entreaberto”, que envolve dança, música e inclusão.
A última semana do festival começa com Curtas de Dança online, propostas de jovens criadores, inclui a apresentação da História Magnética de Sérgio Pelágio “Não se Deixem Enganar”, dirigida ao jovem público.
As sessões realizam-se na Black Box, nas escolas Eb1 e haverá ainda uma deslocação à localidade de Vera Cruz, para uma sessão no dia 5 de Outubro.
No dia 6 de Outubro, às 18h00, o criador emergente Flávio Rodrigues estreia a sua nova criação “Matriz de um Agora que se Espraia”, resultado de uma coprodução com a CDCE.
O fecho da edição de 2023 do FIDANC acontece no dia 7 de Outubro, em Évora bem como na localidade de Outeiro.
Pela manhã, na Black Box realiza-se uma masterclass de dança contemporânea, enquanto em Outeiro o criador Gonçalo Andrade apresenta, no Centro Cultural, When the Fear Becomes a Virtue.
Às 18h00, o criador emergente Bruno Senune apresenta, ao ar livre, numa praça da cidade, a sua nova criação “Prenúncio de uma profunda melancolia”, e pelas 21h30, na Black Box, a criação de Nélia Pinheiro “Ensaio sobre a cegueira” regressa a Évora, após uma vasta digressão nacional e internacional. O espetáculo será também seguido de conversa com o público.
O FIDANC é organizado e programado pela Companhia de Dança Contemporânea de Évora (CDCE), que é uma estrutura financiada pela Direção-Geral das Artes e tem o apoio da Câmara Municipal de Évora. O Festival conta ainda com o apoio das Juntas de Freguesia de Évoramonte, Monsaraz e Vera Cruz.
A programação completa pode ser consultada aqui.
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