Festival Terras sem Sombra regressa a Mourão com recital do pianista Raul Sunico

Agenda de dois dias que conta com a parceria do município local, da Embaixada das Filipinas e da Direção Regional de Cultura do Alentejo

O pianista filipino Raul Sunico retorna aos palcos alentejanos, a 24 de Junho (21h30), para apresentar,na igreja matriz de Mourão, datada do século XVII, um recital muito especial, integrado na programação do Festival Terras sem Sombra.

Sob o mote “Anatomia da Beleza: Uma ‘Antologia Pessoal’”, o intérprete filipino, nome maior da pianística internacional, fará da noite mouranense um momento memorável. O invulgar percurso musical proposto abarca os séculos XIX e XX, nas obras, entre outros compositores, de Frédéric Chopin, Franz Liszt e Sergei Rachmaninoff.

Trata-se de um alinhamento onde se destaca a interpretação de três prelúdios do português António Fragoso (1897-1918), compositor que, não obstante a morte prematura, escreveu peças de inestimável valor para piano solo, canções e música de câmara.

Raul Sunico, um gigante da música, já se apresentou como solista nos principais palcos da Europa, Ásia e América e atuou com orquestras de renome mundial em Moscovo, Otava, Taipé, Tóquio e Vietname, além das principais orquestras filipinas.

É autor de uma extensa discografia e mantém-se como o único pianista do mundo a tocar, numa só apresentação, tanto os quatro concertos para piano, de Rachmaninoff, como os três concertos para piano, de Tchaikovsky.

O seu virtuosismo tem sido aclamado internacionalmente com vários prémios e distinções. No ano passado, o seu virtuosismo foi saudado em Odemira pelo público fiel do Festival Terras sem Sombra.

 

A anteceder o concerto, o programa da tarde de 24 de Junho (15h00) propõe uma visita às memórias locais, «aquelas tangíveis, mas também as que habitam a intangibilidade», salientam os promotores do Festival.

«Mourão experienciou um antes e um depois de Alqueva. A Aldeia da Luz afigura-se como a epítome desses dois mundos», acrescentam.

Subordinado ao tema “Pretérito Passado: O Museu da Luz e a Memória”, a visita ao Património faz-se a um espaço «que se afirma como singular objeto de cultura e de identidade».

Erigido entre a Aldeia da Luz, de singular urbanismo, e a margem do lago de Alqueva, o Museu, edifício em xisto por diversas vezes premiado, espelha as profundas alterações ocorridas no território.

Guiada por Dimas Ferro e Luís Bibiu, a visita faz-se em torno de leituras múltiplas e não prescinde da voz daqueles que habitam as duas vidas da Aldeia da Luz.

 

 

A concluir o fim de semana em Mourão, o Festival Terras sem Sombra reserva a manhã de domingo, 25 de Junho (9h30), a uma ação de sensibilização para a Biodiversidade, orientada pelo engenheiro Alexandre Firmo e subordinada ao tema “Uma Agricultura Exigente: A Produção de Ervas Aromáticas”.

Tendo como ponto de encontro o Jardim Municipal, os participantes são convidados a conhecer uma empresa local que granjeia certificações internacionais e dedica a sua atividade a uma cultura agrícola que encontra no concelho de Mourão as condições ideais para uma produção muito rigoroso em termos técnicos.

«Bons solos, a proximidade a fontes de água e um clima propício, elementos aos quais se junta a qualidade do ar respirado no território mouranense, beneficiam culturas pujantes, as de Lúcia-Lima e Erva Cidreira, espécies vegetais reconhecidas não só perlo seu valor terapêutico, como também pelas suas propriedades para a perfumaria», acrescenta o Terras sem Sombra.

Depois de uma paragem durante os quentes meses de Julho e Agosto, a programação da 19.ª temporada do Festival é retomada a 9 e 10 de Setembro, com a presença no concelho de Beja.

Será um fim de semana com a componente musical entregue ao Trio Amatis, numa apresentação no Teatro Municipal Pax Julia sob o mote “Porventura a Eterna Juventude: Enesco, Ravel, Britten).

O programa conta, na sua dimensão patrimonial, com a visita a Beringel sobre o tema “A Vila de Beringel: História, Arte. Tradições”. A dimensão Biodiversidade decorre em Albernoa e Trindade, com o tema “Fluir Entre o Montado: A Biodiversidade da Ribeira de Terges e Cobres”.

Santiago do Cacém (23 e 24 de Setembro), Odemira (14 e 15 de Outubro), Vidigueira (28 e 29 de Outubro), Arraiolos (11 e 12 de Novembro), Montemor-o-Novo (2 e 3 de Dezembro), Sines (16 de Dezembro) e Évora (data a confirmar), completam a programação para 2023 do Festival Terras sem Sombra.

 

Raul Sunico

 

MÚSICA
Mourão
24 de Junho, 21h30
Local: Igreja Matriz de Mourão
Piano RAUL SUNICO

Programa – “Anatomia da Beleza: Uma ‘Antologia Pessoal’”

>>Sergei Rachmaninoff [1873-1943]
Prelúdio em Dó sustenido menor, op. 3, n.º 2
Prelúdio em Sol sustenido menor, op. 32, n.º 12
Moments Musicaux, op. 16, n.º 4, em Mi Menor

>>Frédéric (Fryderyk) Chopin [1810-1849]
Étude, op. 10, n.º 3, em Mi maior (“Tristesse”)
Valsa em Lá bemol, op. 64, n.º 1 (“Valsa do Minuto”)

>>António Fragoso [1897-1918]
7 Prelúdios
Prelúdio 1
Prelúdio 3
Prelúdio 7

>>Federico Longás [1897-1968]
Aragón

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PATRIMÓNIO CULTURAL
Mourão, 24 de Junho, 15h00
Ponto de Encontro: Museu da Luz
Atividade orientada por: Luís Bibiu (técnico superior de Património Cultural)
Pretérito Passado: O Museu da Luz e a Memória
O concelho de Mourão experienciou um antes e um depois de Alqueva. A Aldeia da Luz, afigura-se como epítome desses dois mundos. Subordinado ao tema “Pretérito Passado: O Museu da Luz e a Memória”, a visita ao Património, faz-se a um espaço que se afirma como singular objeto de cultura e de identidade.

BIODIVERSIDADE
Mourão, 25 de Junho, 9h30
Ponto de Encontro: Jardim Municipal
Atividade orientada por: Alexandre Firmo (engenheiro zootécnico), Tomás Firmo (engenheiro mecatrónico) e
Domingos Jerónimo (enfermeiro)
Uma Agricultura Exigente: A Produção de Ervas Aromáticas
Os participantes são convidados a conhecer uma empresa local que granjeia certificações nacionais e internacionais e que dedica a sua atividade a uma cultura agrícola que encontra no concelho de Mourão as condições ideais para a produção. Bons solos, a proximidade a fontes de água e um clima propício, elementos
aos quais se junta a qualidade do ar respirado no território mouranense, beneficiam culturas pujantes, a de Lúcia-Lima e Erva Cidreira.

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