Festival Terras sem Sombra está de volta e estreia-se em Ferreira do Alentejo

«Fruto das sinergias criadas com entidades nacionais e internacionais»

Lagar da Herdade do Marmelo, da autoria do arquiteto Ricardo Bak Gordon

O Festival Terras sem Sombra, apesar de ter perdido o apoio da Direção-Geral das Artes, vai voltar este ano, anunciou a organização na sua página de Facebook.

«Fruto das sinergias criadas com entidades nacionais e internacionais, os dias 13 e 14 do corrente mês marcam o regresso ao grande palco alentejano do Festival Terras sem Sombra, desta feita na sua 19.ª temporada».

Sob os auspícios do tema “Eufonias: Diversidade e Pluralidade na Música Europeia (Séculos XVI- XXI)”, o festival vai percorrer, até Dezembro, dez concelhos alentejanos, num programa que contará com intérpretes da Áustria, Hungria, República Checa, Itália, Polónia, Espanha e Filipinas.

O concelho de Ferreira do Alentejo acolhe o primeiro fim-de-semana, «com um programa de excelência entregue à música dos austríacos Johannes Fleischmann (violino) e Sabina Hasanova (piano), num concerto no magnífico palco do Lagar da Herdade do Marmelo», intitulado “Ontem, Hoje, Amanhã: A Música em Tempos Incertos”.

O calendário deste primeiro fim de semana do Terras sem Sombra de 2023 inclui as habituais ações de património (sobre a “Arte Tradicional e Indústria Artesanal: O Mobiliário Pintado do Alentejo”) e de biodiversidade (“Recurso Estratégico e Sustentáculo da Vida: A Barragem de Odivelas”).

Este «regresso» inclui ainda a apresentação, em Ferreira do Alentejo, da iniciativa associada ao Festival Terras sem Sombra, o Onde a Vida Acontece. Na sexta-feira, 12 de Maio, a húngara Kinga Somogyi apresenta-se num concerto ao piano.

O programa completo desta 19ª edição do Terras sem Sombra será apresentado oficialmente no dia 10 de Maio, na Embaixada da Áustria, em Lisboa.

No seu post no Facebook, a direção do festival recorda o processo que levou ao chumbo da sua candidatura aos apoios do Ministério da Cultura. «Novembro de 2022 apresentou-se-nos com uma notícia pesarosa, com a intenção de não apoio da Direção-Geral das Artes ao Festival Terras sem Sombra. Sobre todos nós abateu-se a consternação».

Esta decisão da DGArtes «punha em causa a continuação de um projeto pelo qual o Alentejo se bateu muitos anos: ter uma temporada musical regional com um nível artístico internacional, reconhecido ao nível europeu».

De imediato, continua a direção do Terras sem Sombra, «respondemos com os mecanismos legais ao nosso alcance. Mais recentemente, avançámos com a apresentação de um Recurso Hierárquico junto do Ministro da Cultura. Sobre o mesmo, aguardamos desfecho».

«De lá para cá não parámos. Empreendemos um caminho junto de inúmeros parceiros nacionais e estrangeiros. De todos eles recebemos uma resposta tocante, com a manifestação de não deixar morrer este nosso/vosso Festival».

 

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