Empresa intermunicipal Resialentejo vai investir 11,5 milhões de euros até 2025

Uma unidade de triagem automática de plásticos, «com tecnologia de ponta», é um dos investimentos previstos

A empresa intermunicipal Resialentejo, responsável pelo tratamento e valorização de resíduos sólidos urbanos de oito concelhos do distrito de Beja, vai realizar investimentos de 11,5 milhões de euros até 2025, revelou hoje o seu diretor-geral.

Em declarações à agência Lusa, o diretor-geral da empresa, José Pinto Rodrigues, explicou que os investimentos previstos são «essenciais para o cumprimento das novas metas que foram definidas no PERSU [Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos] 2030».

Para tal, continuou, a empresa intermunicipal vai construir uma unidade de triagem automática, «com tecnologia de ponta, para a separação dos diferentes plásticos que se metem nos ecopontos».

«Neste momento, isso é feito da forma semiautomática e temos de ter uma unidade que em vez de tratar uma tonelada/hora passe a tratar, pelo menos, três a quatro toneladas/hora», revelou.

Até 2025 a Resialentejo conta ainda «apostar muito na sensibilização e na recolha seletiva dos materiais», estando prevista a colocação, nos oito concelhos alentejanos que serve, “de pelo menos mais 100 ecopontos em 2023”.

O anúncio de um investimento de 11,5 milhões de euros por parte da Resialentejo nos próximos três anos surgiu depois de a empresa ter investido, em 2022, mais de quatro milhões de euros.

De acordo com Pinto Rodrigues, o investimento realizado teve por objetivo os cumprimento das metas de tratamento de resíduos a que a empresa está obrigada, destacando-se a criação de uma unidade de tratamento de resíduos orgânicos, para composto, que custou cerca de dois milhões de euros.

No último ano, continuou, a Resialentejo procedeu ainda «à substituição de equipamentos muito antigos, com mais de 20 anos, criou novas oficinas e investiu cerca de 350 mil euros na expansão do canil e gatil intermunicipal», já em funcionamento.

O investimento da empresa em 2022 incluiu também «a construção de novas instalações sociais para o pessoal, na ordem dos 500 mil euros, a colocação de mais 30 ecopontos, e a reparação e substituição de outros 20 equipamentos desta natureza».

O diretor-geral da empresa referiu que, no último ano, a Resialentejo obteve «um aumento de 3,2% em relação a 2021 na recolha seletiva», acrescentando que «as retomas de reciclados cresceram 4,8%, com 62 quilogramas de resíduos por habitante, um valor anual acima da média nacional».

«Em 2022 aproximámo-nos do cumprimento dos objetivos nacionais na gestão de resíduos», afiançou Pinto Rodrigues.

O dirigente destacou o facto de estes resultados terem sido alcançados sem aumentar as taxas cobradas aos municípios.

«A tarifa que os municípios pagaram em 2022 é a mesma que pagaram em 2019. Duplicou-se foi número de trabalhadores e estão-se a cumprir os objetivos ambientais a que cada um dos municípios está obrigado perante o Governo», concluiu.

A Resialentejo é a responsável pelo sistema de tratamento e valorização de resíduos sólidos urbanos nos concelhos alentejanos de Almodôvar, Barrancos, Beja, Castro Verde, Mértola, Moura, Ourique e Serpa, servindo 86.505 habitantes.

 

 



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