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Júpiter ocupou desde sempre um lugar de destaque ao longo da história da humanidade. Muito antes de sabermos o que eram as estrelas e planetas, já os nossos antepassados o reconheciam no céu.

Imaginemos uma tribo de caçadores recoletores há alguns milénios, numa noite de Verão. Junto a um rio largo e manso, esse pequeno grupo de mulheres e homens junta-se em comunidade para ouvir as histórias dos mais velhos. São enredos místicos em que a natureza, os animais e os corpos celestes se relacionam de forma mágica e confortante. E eles apontam com o dedo para intrigantes pontos luminosos. Um deles é Júpiter.

Muitos séculos depois, na mitologia romana, este planeta não perdeu a sua importância. Aliás, Júpiter é o rei dos deuses do Olimpo e o avô dos fundadores de Roma, Rómulo e Remo.

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Façamos, agora, outro salto no calendário até 1610. Estamos em Pádua e, numa das ruas, o silêncio da noite é interrompido pelo som do alaúde. Este instrumento é dedilhado por um professor da Universidade.

Natural de Pisa, esse intelectual sentia enorme prazer na música e aproveitava para passar o tempo tocando as melodias da sua terra natal, recordando o seu pai, virtuoso músico. Este podia ser apenas um docente como outro qualquer. No entanto, as suas descobertas torná-lo-iam famoso e iriam contribuir para repensar o lugar do homem no universo.

Nessa noite, ele pousou o instrumento e pegou no seu cannocchiale, que significa literalmente “canhão óculo”.

A abóbada estava límpida, pelo que era o momento certo para experimentar novamente este novo instrumento. Com ele, Galileu já tinha observado a Lua. Desta vez apontou o telescópio para Júpiter. Para sua surpresa, viu quatro novos corpos celestes ao redor do maior planeta do sistema solar.

Sabemos agora que o que Galileu observou foram quatro enormes luas de Júpiter, mais tarde intituladas de Io, Europa, Ganimedes e Calisto.

Afinal, a Terra não era o único planeta com satélites em seu redor! Não éramos, perceberíamos de forma definitiva mais tarde, únicos e muito menos o centro do universo.

Desde esses dias do século XVIII, a astronomia evoluiu muito e permitiu-nos desvendar alguns dos maiores enigmas do cosmos.

Mas há ainda muito por descobrir. E este nosso vizinho gigante ainda tem segredos por desvendar e muito para inspirar.

Já no século XX, Gustav Holst, ainda que com inspirações astrológicas, compôs uma obra sinfónica imperdível em que cada planeta tem uma música. A melodia dedicada a Júpiter é absolutamente majestosa.

Mais recentemente, a NASA enviou para o planeta a sonda espacial Juno que, a 8 de Abril deste ano, completou 50 órbitas em seu redor.

Para comemorar esse feito, no site da NASA é possível descarregar 50 imagens fascinantes recolhidas pela Juno e que incluem fotografias da Terra, de Júpiter e das suas luas.

Descubra mais e seja um “explorador espacial” através do site https://www.missionjuno.swri.edu/

 
 

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