Manuel Baptista, artista plástico natural de Faro, morreu este sábado, dia 8 de Abril, aos 86 anos.
A morte daquele que era um dos principais nomes das artes e um dos últimos grandes artistas da sua geração, em Portugal, tem causado diversas reações de pesar, nas redes sociais.
Em Novembro, Manuel Baptista inaugurou uma exposição no Centro Expositivo de Sagres, a convite da Direção Regional de Cultura do Algarve.
Para este ano, está prevista uma exposição de retrospectiva da obra do artista farense no Museu de Faro.
Manuel Baptista nasceu em Faro, em 1936. Formou-se na Escola de Belas-Artes de Lisboa, onde foi professor. Foi bolseiro Gulbenkian em Paris e do Instituto de Alta Cultura em Ravena. Foi um dos artistas convidados pela secção portuguesa da AICA para participar na renovação da decoração do café A Brasileira, no Chiado em Lisboa.
Entre 1990 e 2003, dirigiu as galerias municipais Trem e Arco, em Faro.
Foi premiado com o 1º Prémio de Pintura/Prémio Guerin de Artes Plásticas (1968), o Prémio Soquil (1970), o Prémio de Pintura IV Bienal de Cerveira (1984) e o Prémio BANIF de Pintura (1993).
Expõs regularmente desde 1958. Em 2003, Manuel Baptista inaugurou a Artadentro em Faro com a exposição Desenho. Das suas mostras mais recentes, destaque para a exposição Fora de Escala – Desenho e Escultura 1960-1970, no Museu da Electricidade, Fundação EDP, Lisboa — considerada pela Sociedade Portuguesa de Autores como a melhor exposição nacional de 2011 — e, já em 2019, Sombras e Outras Cores, na Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, numa parceria com a Fundação Carmona e Costa e curadoria de João Pinharanda, realizada em simultâneo com a mostra Zonas de Sombra, na Giefarte em Lisboa.