Festival Músicas do Mundo anuncia primeiros 16 nomes

Iniciativa dura de 22 a 29 de Julho, em Porto Covo e Sines

Carminho, Maria João, Rodrigo Cuevas, a banda “Tinariwen” e o coletivo jamaicano Inna de Yard são algumas das 16 primeiras confirmações da 23ª edição do Festival Músicas do Mundo (FMM) que se realiza de 22 a 29 de Julho, em Porto Covo e Sines. 

Entre os artistas com méritos universalmente reconhecidos está a banda “Tinariwen”. Principais embaixadores da música tuaregue, estiveram pela primeira vez em Sines em 2010 e voltam treze anos depois com um novo álbum, “Amatssou”, onde vão ao encontro da música da América rural.

Outro grupo com lugar marcado é o coletivo jamaicano “Inna de Yard”, que reúne lendas do reggae com músicos da nova geração. Nascido no seio da editora francesa Makasound, junta quatro cantores principais – Ken Boothe, Cedric Myton, Winston McAnuff e Kiddus -, o trio The Viceroys e talentos jovens.

Os britânicos “The Selecter” também trazem Jamaica dentro. Estiveram na vanguarda do movimento “two-tone” e, mais de 40 anos depois da sua estreia, apresentam-se em Sines com um novo álbum, “Human Algebra”, o 16.º da sua carreira.

O encontro entre Maria João & Carlos Bica no FMM Sines, que esteve marcado para a edição cancelada de 2020, acontece em 2023. Duas figuras maiores do jazz português e europeu, ela na voz, ele no contrabaixo, chegam acompanhados por João Farinha, no piano e sintetizadores, e por André Santos, na guitarra.

A mexicana Lila Downs também vai marcar presença este ano no Festival.

Vencedora de seis Grammy Latinos e de um Grammy, Lila faz confluir na sua voz distintiva géneros tão diversos como as rancheras e os corridos mexicanos, boleros, jazz, hip-hop ou cumbias. É considerada uma digna sucessora de Chavela Vargas.

Outra estreia ansiada no FMM que se realiza este ano é a da cantautora Nneka. Com raízes no sul da Nigéria, iniciou-se na música em Hamburgo, Alemanha, país da sua mãe. Fortemente influenciada pelo R&B, pelo soul, pelo hip-hop, pelo reggae e pelo afrobeat, tem sete álbuns lançados, o último dos quais “Love Supreme”, lançado em 2022.

Também a portuguesa Carminho vai-se estrear no FMM Sines.

«A brasileira Céu não é uma estreante em Sines – já cá esteve em 2010 -, mas apresenta-se também com o novo álbum, o sexto, intitulado “Um Gosto de Sol”, o primeiro em que se coloca apenas como intérprete, dando voz a uma dúzia de canções escritas por outros autores», diz a Câmara de Sines.

Cimafunk, outro artista confirmado no FMM Sines 2023, é uma estrela da música afrocubana, tendo sido nomeado, com o álbum “El Alimento”, para os Grammy 2023, na categoria de melhor álbum de rock latino ou alternativo.

Neste grupo de artistas que, embora ainda jovens, já têm uma carreira consolidada, entra também o espanhol Rodrigo Cuevas.

«Entre os artistas mais novos, temos a segunda mexicana deste lote de confirmações, Silvana Estrada, que vem ao FMM Sines com o Grammy Latino 2022 para Artista Revelação, ex-aequo com Ángela Álvarez. “Marchita”, o seu álbum de estreia, lançado no ano passado, situam-na em terrenos de pop independente com marcas das tradições das suas origens e também do jazz que estudou», segundo a autarquia alentejana.

Sophie Fustec, que desde meados dos anos 2010 assumiu a identidade “La Chica”, tem também raízes latino-americanas – na Venezuela -, integradas com o espírito multicultural do bairro parisiense onde cresceu, Belleville.

Os brasileiros Gilsons estarão igualmente no FMM Sines em 2023. Este trio brasileiro formado por José, Francisco e João Gil (filho e netos de Gilberto Gil) incorpora elementos de pop rock, samba, reggae, ritmos baianos e MPB.

«Da África Ocidental, chega uma das novas estrelas da música do Mali, Rokia Koné, que lançou em 2022 ou seu álbum de estreia, “BAMANAN”. Nessa que é, para já, a sua principal carta de apresentação ao mundo, Rokia presta tributo ao povo Bambara, à sua língua, cultura e tradições, nomeadamente, a herança dos griots. Estará no FMM Sines com a sua banda», segundo a Câmara de Sines.

«Também da África Ocidental, vem mais um artista que mundo começa a conhecer agora, o senegalês Lass. O seu primeiro álbum, “Bumayé”, lançado em 2022, lembra as dificuldades que passou no seu país e depois na França para onde emigrou. Do mbalax às melodias afrocubanas que marcaram à sua infância, passando pelas batidas contemporâneas, um disco que promete um grande concerto em Sines».

Por fim, também vão atuar Bab L’Bluz, banda franco-marroquina criada em Marraquexe em 2018 e já com um prémio importante no palmarés, o Songlines Music Award 2021 na categoria Fusão.

 



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