O Castelo de Noudar, em Barrancos, já reabriu ao público, após terem terminado as obras de “Conservação e Reabilitação das Muralhas – troço nascente/norte”.
A reabertura aconteceu este sábado, 1 de Abril. As visitas acontecem todos os dias, exceto à segunda-feira.
O Castelo de Noudar faz parte do Parque de Natureza de Noudar, em Barrancos, entre a ribeira da Múrtega e o rio Ardila, e foi acabado de construir no reinado de D. Dinis (1307).
O local foi escolhido pela sua defesa natural, o fácil acesso e aproveitamento de uma nascente de água de excelente qualidade, a Fonte da Figueira, localizada a cerca de 250 metros a Este do castelo, sob o cerro denominado da Forca.
Na proximidade do Castelo existem terras boas para a agricultura e extensos montados para o pastoreio do gado. A fortaleza medieval foi importante na defesa da fronteira com Castela nos princípios do século XIV.
Definida a fronteira com Castela, Noudar recebe foral em 1295 e D. Dinis procura povoar o território. Esta necessidade justificou a criação do primeiro “Couto de Homiziados”, isto é, um local onde pessoas perseguidas pela justiça podiam viver em paz desde que daqui não saíssem. A partir do séc. XV começam a instalar-se, fora da vila de Noudar, alguns aglomerados de cariz familiar em pequenos montes com exploração agrícola e pecuária.
Ao longo da Idade Média, Barrancos evolui e o número de moradores da aldeia ultrapassa, muito rapidamente, o da vila de Noudar. Em torno de Barrancos concentra-se a maioria dos novos povoadores do termo de Noudar.
A importante concentração origina em 1493 uma inquirição da coroa portuguesa sobre a aldeia de Barrancos que Castela pretendia ser sua, sendo na realidade de Portugal.
Barrancos desenvolve-se a partir do século XIV, sendo coincidente o decréscimo das populações de Noudar com o seu crescimento, a partir do século XVI. Em 1774, Barrancos partilha com Noudar a sede de concelho mas, em 1836, o concelho de Noudar deixa de existir.
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