A Cáritas Diocesana de Beja apelou às câmaras municipais e empresas do Baixo Alentejo para que contribuam para o financiamento do novo Centro de Alojamento de Emergência Social (CAES), a criar na cidade alentejana.
Em causa, explicou à agência Lusa o presidente da Cáritas de Beja Isaurindo Oliveira, a necessidade de um valor de cerca de 138 mil euros, que corresponde aos 15% do financiamento a cargo do promotor, de que a instituição não dispõe.
“A Cáritas procura esse valor que diz respeito ao autofinanciamento”, pois 85% do financiamento para o projeto “está garantido” graças a uma candidatura, já aprovada, ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), adiantou.
Segundo a instituição, o projeto do CAES tem a candidatura ao PRR aprovada com um montante total de 923 mil euros, dos quais 784 mil euros são comparticipados pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).
“Não temos fontes de rendimento que nos possam garantir estes 138 mil euros” que faltam para o projeto, salientou o responsável, realçando que a instituição já lançou um pedido de ajuda às câmaras municipais e às empresas da região.
Assinalando que o futuro centro “vai servir de apoio a todos os municípios do distrito”, o presidente da Cáritas de Beja considerou que a sua criação “não é trabalho para uma instituição, nem para um município, mas sim para uma comunidade”.
“O território é constituído por municípios e nos municípios vivem os munícipes e estes munícipes precisam deste apoio, porque, ao nível do distrito de Beja, não há nenhuma outra estrutura que possa acolher estas pessoas”, sublinhou.
Isaurindo Oliveira referiu que o futuro CAES de Beja, cujo financiamento da frequência será assegurado através de protocolo com o Instituto da Segurança Social, vai “nascer” no edifício da Casa do Estudante, no centro da cidade, que será requalificado.
Com capacidade máxima para 30 pessoas, destacou, o Centro de Alojamento de Emergência Social vai poder acolher “sem-abrigo e pessoas que recorram à Linha 144, a Linha Nacional de Emergência Social”.
O responsável disse que o edifício da Casa do Estudante funcionou, entre agosto de 2022 e final de março deste ano, como estrutura de alojamento coletivo de emergência e que, durante esse período, deu abrigo a cerca de 200 timorenses.
“No dia 01 de abril deste ano, essa estrutura teoricamente terminou e foi constituída já uma outra de um CAES, embora provisória, porque o edifício não está ainda de acordo com as regras da Segurança Social”, acrescentou.
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