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O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa considerou hoje que Rui Nabeiro “foi um precursor” e que a sua “preocupação social e participação cívica” devem “ser um exemplo e uma inspiração” para os que podem devolver à sociedade.

“O Presidente da República lamenta a morte do empresário Rui Nabeiro e apresenta à família as mais sentidas condolências. Ainda ontem [sábado], ao fim da tarde, o Presidente da República teve a oportunidade de o visitar no hospital”, refere uma nota no sítio oficial da Presidência da República.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, “num tempo económica e socialmente desafiante, o exemplo de Rui Nabeiro, na sua preocupação social e participação cívica, com a comunidade e com o país, devem ser um exemplo e uma inspiração para todos quantos podem devolver à sociedade um pouco daquilo que esta lhes deu”.

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“Rui Nabeiro foi um precursor, construiu uma marca global, como há poucas no nosso país, mantendo sempre a sede e o coração da sua atividade em Campo Maior, terra onde nasceu e onde deixa um generoso legado”, elogia.

Por seu lado, José Ramos-Horta, Presidente da República de Timor-Leste lamentou também a morte de Rui Nabeiro, um “homem bom e generoso”, recordando os esforços do empresário português para promover o café timorense no exterior.

“Uma vida longa de grandes iniciativas empresariais, de criar emprego, riqueza para Portugal, para as comunidades onde a Delta estava instalada”, disse José Ramos-Horta, em declarações à Lusa em Díli.

“Fez algumas tentativas de comprar café de Timor no início, mas o mercado na altura já era bastante orientado para outros países como os Estados Unidos. Ainda assim a sua passagem por Timor foi sentida”, recordou.

O primeiro-ministro António Costa defendeu que o legado de Rui Nabeiro “ultrapassa largamente o papel de empresário exemplar, dentro e fora do país”, elogiando o “percurso inspirador” e o exemplo de cidadania, humildade e responsabilidade social.

“O legado do Comendador Rui Nabeiro ultrapassa largamente o papel de empresário exemplar, dentro e fora do país. O seu percurso foi inspirador, pela força, energia e sempre o sonho de fazer acontecer”, enalteceu António Costa, numa publicação na rede social Twitter acompanhada de três fotografias, a preto e branco, nas quis o primeiro-ministro aparece com Rui Nabeiro.

António Costa destacou o “exemplo de cidadania e humildade”, mas também de “responsabilidade social e de paixão pela sua terra”, considerando que o empresário, que hoje morreu aos 91 anos, teve “uma vida em prol da comunidade”.

O ministro da Economia considerou que o desaparecimento de Rui Nabeiro marca uma “enorme perda”, destacando a visão estratégia do empresário e a importância que deu à responsabilidade social muito antes de esta entrar no debate.

“Hoje é um dia muito triste para Portugal. O desaparecimento de Rui Nabeiro marca uma perda enorme para o país. É um exemplo de um empresário que desenvolveu uma visão estratégica, que foi capaz de criar riqueza, de disseminar a sua empresa pelos quatro cantos do mundo”, disse à Lusa o ministro António Costa Silva.

O governante destacou ainda a marca modernizadora que Rui Nabeiro “teve a assunção da responsabilidade social”, muito antes de esta se tornar um “mantra dos debates atuais”, com a ligação “profunda não só aos colaboradores, mas também a toda a comunidade envolvente”.

Classificando a trajetória do empresário de “extraordinária”, Costa Silva afirmou que se o país tivesse mais homens como Rui Nabeiro, “talvez a economia portuguesa hoje fosse diferente e mais avançada”.

O presidente da Assembleia da República considerou que Rui Nabeiro foi “um dos maiores e melhores empresários portugueses” e “muito atento aos direitos dos seus trabalhadores”, recordando o “amor a Portugal e à sua terra”.

“Rui Nabeiro distinguiu-se pelo amor a Portugal e à sua terra de sempre, Campo Maior, que serviu como autarca e cidadão”, referiu Augusto Santos Silva, numa publicação na rede social Twitter em reação à morte do empresário Rui Nabeiro.

A reitora da Universidade de Évora (UÉ), Hermínia Vasconcelos Vilar, recordou o empresário Rui Nabeiro, que faleceu aos 91 anos, como “um exemplo” e enalteceu o apoio que sempre deu ao ensino superior e investigação.

Rui Nabeiro “é um exemplo pela sua carreira pessoal, profissional e pelo seu percurso” e, para a UÉ, a sua morte “é uma grande perda”, afirmou a reitora da academia alentejana, em declarações à agência Lusa.

Segundo Hermínia Vasconcelos Vilar, o empresário Rui Nabeiro “desde cedo, apoiou e percebeu a importância não apenas da universidade como instituição de ensino, mas também da investigação” académica.

“Desde 2008, que apoiou a criação de uma cátedra na área da biodiversidade, que tem o nome Cátedra Rui Nabeiro – Biodiversidade, o que refletiu bem a importância que ele sempre deu à formação e ao ensino superior e, neste caso, à UÉ”, realçou.

O escritor José Luís Peixoto, autor do romance “Almoço de Domingo”, inspirado na vida do empresário, considerou que, com a morte do empresário Rui Nabeiro, “perdeu-se alguém muito especial” não só do ponto de vista empresarial, mas também humano, que teve as pessoas como a sua “principal preocupação”.

José Luís Peixoto disse que Rui Nabeiro era “alguém muito especial a vários níveis”, que, além de ter feito “uma carreira extraordinária” no mundo empresarial, sobressaiu do ponto de vista humano “naquilo que diz respeito ao seu desenvolvimento, tendo marcado Campo Maior, o Alentejo e até mesmo o país”.

“Na minha perspetiva, é esta dimensão que verdadeiramente o distingue e também foi este o centro do seu propósito. Rui Nabeiro foi um empresário que teve como principal preocupação as pessoas, nomeadamente as que lhe eram mais próximas e acredito que será por isso que continuará a ser recordado por muitos anos”, disse José Luís Peixoto.

A nível pessoal e de amizade, o escritor realçou a “grande generosidade de Rui Nabeiro”, sublinhando que “essa partulha o marcou muito”, apesar da grande diferença de idades. Lembrou a propósito a forma e “à vontade com que Rui Nabeiro partilhou a sua experiência de vida em múltiplas dimensões”.

 



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