Parque Mineiro de Aljustrel com “ano zero” em 2023 após investimento de 6 milhões

«O Parque Mineiro de Aljustrel só faz sentido se for ‘adotado’ pela população de Aljustrel, pelas entidades locais e pelos empresários», defendeu Carlos Teles

O Parque Mineiro de Aljustrel vai entrar este ano em funcionamento, de forma experimental, após um investimento de seis milhões de euros, constituindo “uma homenagem aos mineiros”, revelou hoje o presidente da Câmara.

Este «será o ‘ano zero’ do projeto, em que testaremos e avaliaremos o modelo de visitação e adequaremos progressivamente o produto aos visitantes e ao mercado turístico», disse à agência Lusa Carlos Teles, presidente do Município de Aljustrel.

Segundo o autarca, «o Parque Mineiro de Aljustrel é, principalmente, uma homenagem aos mineiros de Aljustrel, aos homens e às mulheres que, ao longo dos séculos, tiveram e continuam a ter as suas vidas intimamente ligadas às minas».

Carlos Teles destacou ainda o facto de o município ser «dos territórios mineiro mais antigos do Mundo ainda em atividade, o que, por si só, é diferenciado e diferenciador».

«Em Aljustrel, a atividade extrativa tem 5.000 anos e marca a identidade e a paisagem da nossa terra, deixando marcas indeléveis nos homens e nas mulheres desta terra e um legado no subsolo, mas também à superfície», reforçou.

O eleito disse também que, «a par desta dimensão humana, existe em Aljustrel um importante património notável pela sua singularidade», que vai dos malacates (elevadores existentes nos poços das minas) até às galerias romanas e à galeria mineira do Piso 30, «que será visitável».

O novo parque mineiro é fruto de um investimento total que «ronda os seis milhões de euros», com financiamento comunitário e verbas da câmara.

Em comunicado, a autarquia alentejana explicou que o projeto “tem objetivos de lazer, didáticos e de investigação, ao mesmo tempo que contribui para minimizar a degradação ambiental” associada a antigos locais de exploração.

A sua criação incluiu projetos como a requalificação dos bairros mineiros, a construção de ciclovias e do Centro de Receção e Acolhimento, assim como a colocação de passadiços na zona do ‘Chapéu de Ferro’ e de sinalética e equipamentos multimédia em diversos locais da vila.

«Foi um processo longo, que envolveu diversas tipologias de financiamento, sempre com o apoio de fundos comunitários», notou o presidente da câmara municipal.

Carlos Teles realçou que este trabalho «de valorização das zonas minerais desativadas não teria sido possível de realizar sem parceiros importantes», nomeadamente a Almina, atual concessionária das minas de Aljustrel, e a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM).

Ao longo deste ano, serão realizadas «visitas piloto» ao parque mineiro, disse o autarca, especificando que estas serão «principalmente destinas à comunidade educativa e a grupos específicos».

«Ao mesmo tempo, procuraremos adequar o produto às especificidades e exigências das visitas de caráter mais educativo e ou científico», acrescentou Carlos Teles.

Durante esta fase, a Câmara de Aljustrel quer também “envolver” a população e os operadores turísticos, de restauração e hotelaria do concelho.

«O Parque Mineiro de Aljustrel só faz sentido se for ‘adotado’ pela população de Aljustrel, pelas entidades locais e pelos empresários», defendeu Carlos Teles.

 



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