Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility
municipio de odemira

Os ânimos exaltaram-se hoje na manifestação dos agricultores em Évora, com alguns dos participantes no protesto a invadirem o átrio da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, apesar da oposição da PSP.

Na marcha, os agricultores pararam em frente às instalações da CCDR do Alentejo e uma delegação entrou no edifício para entregar um documento reivindicativo, que foi recebido por uma funcionária.

À saída, um dos elementos do grupo tirou uma corrente de um saco de plástico e trancou a cadeado duas das portas, o que levou a PSP a intervir para as reabrir.

sessões de cinema de inverno

O cadeado acabou por ser aberto com a chave entregue pelos agricultores e a corrente foi retirada.

A entrada da CCDR, toda em vidro, nunca esteve totalmente bloqueada, porque existem várias outras portas que estiveram abertas.

Esta foi a 6.ª manifestação nacional e a 3.ª no Alentejo (as outras foram em Portalegre e em Beja) convocada pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e, além de terem marcado presença à volta de 70 organizações agrícolas de todo o país, contou com várias centenas de tratores e alguns milhares de agricultores.

Tal como as anteriores, começou de forma pacífica e assim decorreu durante quase todo o percurso, mas o facto de o dossiê com os problemas do setor não ter podido ser entregue a um alto responsável da CCDR Alentejo fez alguns agricultores perderem a paciência.

Já com os ânimos exaltados e gritos de “bandidos” e “invasão”, alguns forçaram as portas e entraram, ficando pela zona do átrio.

No exterior, elementos da PSP no local tentaram conter a entrada dos manifestantes, que continuavam a bater nas portas de vidro e a querer juntar-se aos que se encontravam no interior, com assobios e a gritarem palavras de ordem contra a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

Depois de conversarem com algumas pessoas da CCDR, os manifestantes que se encontravam no interior das instalações acabaram por sair e a marcha retomou o percurso estabelecido pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).

A seguir, os participantes na marcha pararam em frente à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo, cujo diretor, José Calado, recebeu à entrada responsáveis da CAP e da organização do protesto.

O presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, explicou ao diretor regional o que se tinha passado na CCDR, que tinha sido “a imagem da paciência a esgotar-se”, por os agricultores terem sentido “um certo desdém”, e agradeceu a José Calado por os ter recebido aos portões da direção regional.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da CAP justificou que, na CCDR, “houve um exaltar de ânimos, porque os agricultores tinham avisado que tinham um documento para ser entregue, o senhor presidente não estava presente, nem tinha delegado alguém para receber”.

“Veio sangue à tona e houve ali um bocadinho de falta de paciência”, afirmou.

Questionado pela Lusa, o presidente da CAP rejeitou que tenha havido invasão da CCDR: “Não houve nenhuma invasão. Houve ali uma certa indignação pela forma como os agricultores estavam na expectativa de ser recebidos e acabaram por não ser e por isso houve ali uns arrufos. Felizmente não aconteceu nada, se fosse em França possivelmente o edifício estava partido e aqui não aconteceu”, limitou-se a reconhecer.

 

 



Banner lateral albufeira

Também poderá gostar

inteligencia artificial 2

Profissionais da Administração Pública aprendem sobre inovação digital na CCDR Alentejo

PRISÃO_GRADES_2

Prisão preventiva para suspeito de esfaquear homem na via pública em Évora

Mãos algemadas Detenção prisão algemas DepositPhotos

Polícia Judiciária detém suspeito de esfaquear homem na via pública em Évora