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A Orquestra do Algarve, nome que retoma a partir de 1 de Abril, vai ter um ciclo de música na aldeia de Cachopo, no interior serrano do concelho de Tavira. A novidade foi avançada ontem, em conferência de imprensa, por António Branco, presidente da Associação Musical do Algarve, entidade que gere e administra a Orquestra que ainda se chama Clássica do Sul.

Na ocasião, António Branco salientou que um dos objetivos é colocar a «Orquestra como instrumento de coesão territorial», levando-a «de Aljezur a Alcoutim» e estando «mais presente no interior e na serra».

Daí que tenha sido bem acolhida a proposta da Freguesia de Cachopo de levar a Orquestra até àquela povoação. «A freguesia de Cachopo viu em nós um parceiro», embora «nunca uma Orquestra» lá tenha tocado. «A nós, esta proposta de parceria, caiu-nos como manteiga na torrada», garantiu Martim Sousa Tavares.

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O novo maestro titular da ainda Orquestra Clássica do Sul (OCS) defendeu que as orquestras devem funcionar como «bens para usufruto de uma população em sentido lato». Tal como já tinha dito na sua entrevista ao Sul Informação, Martim Sousa Tavares afirmou que o «espírito quatro por quatro, todo o terreno» da formação algarvia lhe agrada. «Revejo-me neste desafio», assegurou.

Embora os pormenores da «vontade» de Cachopo e da Orquestra de se unirem em parceria para um ciclo de concertos ainda estejam numa fase preliminar, as visitas técnicas aos espaços existentes na freguesia já começaram, como revelou Rui Baeta, membro da direção artística da OCS, em declarações ao nosso jornal, à margem da conferência de imprensa, que decorreu no Museu Municipal de Faro.

«Tudo depende dos espaços. Esses são os pormenores que estamos ainda a definir, até para determinar o número de efetivos que a Orquestra irá apresentar: o número de músicos da Orquestra completa são 40 pessoas, mas tem também na sua programação grupos mais pequenos, de música de câmara. No fundo, estamos a programar e a decidir se é mais música de câmara, em que condições é que possível haver um espaço para receber a orquestra, com todas as condições acústicas para que a música se possa ouvir e ser bem interpretada», disse Rui Baeta.

 

Sul Informação
Cachopo – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação (arquivo)

 

Para este barítono que é também o Mediador Cultural e Artístico da Orquestra, «a Igreja é o sítio mais convidativo e mais fácil de se utilizar. Depois há outros espaços, mais inusitados, que requerem, do ponto de vista logístico, maior impacto, mas que estamos a ver se é possível utilizá-los».

«Do ponto de vista da Orquestra, o Cachopo representa aquela franja do interior do Algarve que, para a maior parte das pessoas que nos vêm visitar e mesmo para os algarvios, está um bocadinho afastado, psicologicamente, mas no fundo estamos a falar de meia hora de carro», acrescentou.

Por isso mesmo, um dos grandes objetivos deste ciclo em Cachopo será «levar a música a outros locais e permitir que as pessoas de fora também possam ir lá a esses concertos», concluiu Rui Baeta.

Ou, como salientou António Branco na conferência de imprensa de apresentação de Martim Sousa Tavares, «definitivamente aproximar a Orquestra de públicos que estão ou se sentem arredados da música clássica». Mas, além da população do interior, haverá outros, muitos outros.

O primeiro concerto da Orquestra conduzida pelo novo maestro titular está marcado para o próximo domingo, dia 5, às 18h00, no Teatro das Figuras, em Faro. O programa promete, como explicou Martim Sousa Tavares na sua entrevista ao Sul Informação. Mas, se quer mesmo ir assistir à estreia, apresse-se: os quase 800 lugares da maior sala de espetáculos do Algarve estão quase, quase esgotados.

 

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