Identificadas 126 espécies aquáticas invasoras já estabelecidas na Península Ibérica

Documentos agora publicados procuram ajudar as administrações responsáveis pela gestão destas espécies

Um total de 126 espécies exóticas invasoras foram identificadas como estando já estabelecidas nos sistemas aquáticos da Península Ibérica, enquanto outras 89 estão em alto risco de o conseguir. Estas são as conclusões do projeto LIFE Invasaqua, coordenado na Universidade de Évora (UÉ) por Pedro Anastácio, professor do Departamento de Paisagem, Ambiente e Ordenamento e investigador do MARE-UE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, da UÉ.

A publicação científica e o relatório (em versão portuguesa, espanhola e inglesa) procuram ajudar as administrações responsáveis pela gestão destas espécies, a fim de concentrar esforços nas já estão presentes no nosso território, bem como reduzir o risco de novas invasões. «Os documentos agora publicados servirão para apoiar a gestão de espécies invasoras», salienta a UÉ.

As 126 espécies já estabelecidas foram incluídas na chamada “lista negra” ou “alta preocupação”, enquanto as outras 89 estão incluídas numa lista de “alerta”, uma vez que a sua introdução constituiria uma ameaça para os ecossistemas, a economia e/ou a saúde humana.

Cinquenta peritos de 25 instituições em Espanha e Portugal, entre os quais investigadores da Universidade de Évora, pertencentes ao MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, participaram na preparação de ambos os documentos técnicos, sob a coordenação do LIFE Invasaqua.

Entre as espécies exóticas invasoras incluídas na lista negra, estão o jacinto-de-água, o feto-de-água, o caranguejo-vermelho-americano, o mexilhão-zebra e o verme-australiano.

Os vertebrados são os mais numerosos desta lista, destacando-se espécies como a carpa, a gambúsia e o peixe-gato como as mais prejudiciais e difíceis de gerir.

«Estes documentos podem ser básicos para ajudar as administrações responsáveis na otimização dos esforços na gestão das [espécies exóticas invasoras] aquáticas. Foi adotada uma abordagem técnico-científica muito rigorosa, com um elevado nível de participação de peritos ibéricos», afirma Francisco Oliva, coordenador do LIFE Invasaqua e professor na Universidade de Múrcia.

Um dos principais objetivos da LIFE Invasaqua, co-financiado com fundos europeus, é desenvolver ferramentas para melhorar a gestão das espécies exóticas invasoras e otimizar os esforços.

 

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