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A associação Acreditar alertou hoje para as dificuldades financeiras que pais de crianças com cancro estão a atravessar, defendendo que o valor da baixa para acompanhamento do filho devia aumentar para os 100%.

“Seria muito importante que os cuidadores pudessem usufruir da licença para acompanhamento de filho com doença oncológica paga a 100% (tal como no caso dos doentes com cancro) e que, sobretudo em fases mais críticas do percurso, ambos os pais pudessem usufruir dessa licença”, defende a Acreditar num comunicado divulgado na véspera do Dia Internacional da Criança com Cancro.

Em declarações à agência Lusa, a diretora-geral da Acreditar, Margarida Cruz, afirmou que “a inflação que tem deteriorado os rendimentos dos portugueses tem um impacto muito grande nos pais ou cuidadores das crianças com cancro”.

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“E, por isso, sentimos um número crescente de pedidos de apoio e um pedido de aumento dos valores médios dos nossos apoios económicos e alimentares”, disse Margarida Cruz, adiantando que, no domínio do apoio em cabazes de alimentos que dão em cartões de supermercado, já reviram os valores.

No dos apoios económicos, a responsável defendeu que a revisão dos valores a pagar pela segurança social a estas famílias compensaria de alguma forma as suas necessidades.

À semelhança das suas congéneres internacionais, a Acreditar – Associação de Pais e Amigos das Crianças com Cancro assinala este dia trazendo para a discussão as preocupações dos pais, em que os apoios sociais estão no “topo das preocupações”, dos sobreviventes e de alguns profissionais que trabalham na oncologia pediátrica.

“Em Portugal, há cerca de 400 novos diagnósticos por ano. Apesar da taxa de sobrevivência ser de 80%, o cancro pediátrico, continua a ser a primeira causa de morte por doença mais frequente em crianças e adolescentes”, refere a Acreditar.

Na sobrevivência, as sequelas são responsáveis por menos qualidade de vida em dois terços dos sobreviventes, e um terço destes tem sequelas graves.

“Não sofrendo o impacto direto dos problemas que o SNS está a passar, há sinais e uma preocupação crescente de que poderá atingir a oncologia pediátrica”, sublinha.

Por esta razão, a associação defendeu que é “imprescindível insistir na Estratégia Nacional de Luta Contra o Cancro”, por considerar que “o documento deveria espelhar melhor as necessidades da oncologia pediátrica em Portugal”.

“Teria sido relevante que os “atores” desta área e, nomeadamente, os profissionais de saúde e os pais e sobreviventes ou os seus representantes tivessem sido ouvidos por quem redigiu a Estratégia. Não tendo havido esse cuidado, será fundamental que os contributos que estas estruturas fizeram chegar a quem de direito tenham sido incluídos no texto final”, defendeu, ressalvando que não conhece o texto final que foi entregue ao Ministério da Saúde.

Margarida Cruz disse que fizeram “uma comparação exaustiva” do que constava do documento português e do que consta da estratégia definida para a pediatria e sentiram que “a importância que é dada no plano europeu à pediatria não é a mesma que é dada no documento nacional”.

Para a Acreditar, seria fundamental que a Estratégia assegurasse que os doentes pediátricos continuam a ser cidadãos com igualdade de direitos, no acesso à escola, no acompanhamento psicológico ou na regulamentação de direitos como o do acesso ao crédito.

 

 



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