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O Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela/CMVRSA voltou este ano a armar o presépio algarvio, com a participação dos habitantes da aldeia de Santa Rita.

No Algarve, em Dezembro, era costume armar-se o presépio e o “altarinho” de cariz popular. Nas casas, em cima da cómoda, elevado ao centro em degraus, colocava-se o Menino Jesus, cercado de searinhas, laranjas e outros frutos, votos de pão e de prosperidade para a família. Uma tradição muito antiga que parece remontar no Algarve pelo menos à Idade Média.

As searinhas são semeadas por tradição no dia 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, na continuidade dos antigos cultos da fertilidade, numa altura em que nos campos se fazem as sementeiras.

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Os grãos de trigo, centeio, cevada são colocados a germinar em latinhas de conserva ou pires e mantidos húmidos enquanto germinam. São oferecidas ao Menino Jesus com o pedido de boas colheitas.

«Esta antiga tradição associada ao Natal ajuda-nos a compreender a dimensão de incerteza que acompanhava a atividade agrícola nas sociedades passadas e a necessidade que havia de, ao longo do calendário festivo, através de práticas e intervenções rituais e simbólicas, estabelecer ligação com as entidades divinas, pedindo que intercedessem para proteger e propiciar o eterno renascer da natureza, a fertilidade da terra, garante da sua sobrevivência», explica o Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela.

O presépio está patente na Antiga Escola Primária de Santa Rita e pode ser visto no seguinte horário: de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00, até ao dia 6 de Janeiro.

 



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