Cáritas de Beja sinalizou 289 sem-abrigo, na sua maioria imigrantes

Já está a funcionar o Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo de Beja

289 pessoas em situação de sem-abrigo foram sinalizadas pela Cáritas Diocesana de Beja, de Janeiro a Novembro deste ano, revela o «Diário do Alentejo». Destas, 73 são portuguesas e 216 imigrantes.

«A larga maioria dos sem-abrigo sinalizados são homens, mas também há mulheres. Os sem-abrigo homens apresentam um perfil de maior solidão, as mulheres, normalmente, têm companheiro, não estando sozinhas em situação de fragilidade. As questões de consumos ou de doença mental contribuem para um maior prolongamento no tempo», avança o Diário do Alentejo.

A funcionar desde Março deste ano, o projeto “Estou Tão Perto que Não me Vês”, da Cáritas Diocesana de Beja, pretende ajudar aquelas pessoas a sair da situação de «vulnerabilidade, dando-lhes o tempo que é o tempo delas, sensibilizando, em simultâneo, a comunidade para um problema que tanto pode estar à vista de todos, como entre quatro paredes, envergonhado. E dar rosto, e voz, a quem, normalmente, não o tem».

Este foi o tema da primeira reunião do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (Npisa) de Beja, que se reuniu a 6 de Dezembro, juntando a Câmara Municipal de Beja, a Cáritas, o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), a Segurança Social, o Centro de Respostas Integradas, Associação Estar, Santa Casa da Misericórdia, PSP, GNR, Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) e a Rede Europeia Anti Pobreza.

Em declarações ao «Diário do Alentejo», Marisa Saturnino, vereadora da Câmara de Beja, explicou que a reunião, que deu início ao Npisa, serviu para perceber como se podem «rentabilizar alguns recursos e permitir que a intervenção seja mais eficaz e sem superposição» e avançar-se, «eventualmente, com algumas respostas de urgência, caso haja possibilidades para isso».

Em Janeiro, haverá nova reunião, para «analisar documentação e implementar protocolos».

 

 



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