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São dois museus que «vivem muito de pessoas» e que, quase como se de uma aliança se tratasse, têm agora duas mós a uni-los. O Qvarnstensgruvan Museum, da Suécia, instalado numa antiga pedreira (mina) de extração de pedra calcária, rumou ao Algarve, esteve em São Brás de Alportel e de lá levou, além das muitas recordações, duas mós que «muito ajudarão» a sua missão.

Foram cinco dias diferentes aqueles que se viveram, de 15 a 19 de Outubro, no Museu do Traje, em São Brás de Alportel.

A relação com o Qvarnstensgruvan Museum, de Lugnås (Suécia), não é nova, mas a vinda de quatro membros da direção deste museu sueco ao Algarve foi importante para o crescimento de ambos os espaços museológicos.

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De Lugnås a São Brás de Alportel são cerca de 3500 quilómetros, mas a distância não impede que estes dois museus tenham muito em comum.

«Há aqui uma ligação muito especial. Encontrámos, neste museu, uma série de interesses comuns: a educação, o envolvimento dos jovens, o estímulo pela autoconfiança das pessoas», explicou ao Sul Informação Emanuel Sancho, diretor do Museu de Traje.

 

Sul Informação

 

Tal como São Brás de Alportel, Lugnås é no «interior da Suécia» e tem «dificuldade em manter os jovens na terra».

Ambos os museus participaram também no projeto “SOMUS – A Sociedade no Museu”, que decorreu de 2014 a 2019, e selaram, na visita do passado mês de Outubro, a amizade de forma simbólica.

O Qvarnstensgruvan Museum está instalado numa antiga pedreira (mina) de extração de pedra calcária para fabrico de mós para moinhos.

Assim, a pedra e a sua atividade extrativa são pontos em comum que o Museu do Traje São Brás de Alportel quis assinalar, oferecendo duas mós, feitas no Algarve, ao congénere sueco.

«As mós vão ajudar-nos muito no nosso trabalho porque as que temos, para mostrar aos visitantes, são muito grandes e pesam quase duas toneladas», disse ao nosso jornal Pia Aakesson, da direção do museu sueco.

«Quem nos visitar, vai ter uma experiência ainda melhor!», atirou ainda.

 

Sul Informação
Pia Aakesson

 

No Qvarnstensgruvan Museum, só uma das minas é atualmente visitável. É, como explicou Pia, um «museu pequeno», mas que «toda a gente nas redondezas conhece».

«Estamos inseridos num Geoparque e é difícil as pessoas encontrarem-nos, porque estamos “perdidos” no meio da natureza. Mas a verdade é que temos e cumprimos o nosso papel na comunidade», acrescentou.

Tal como acontece em São Brás de Alportel, onde o museu tem um peso forte na comunidade – além de ter um grupo de Amigos, acolhe atividades de dezenas de associações.

«Somos museus sociais, dedicados à sociomuseologia, que não tomam como prioridade absoluta o turista e que não são neutros. Queremos ser, acima de tudo, úteis à comunidade», concluiu Emanuel Sancho.

 

Sul Informação

 



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