Empresas do Baixo Alentejo ganham casa na nova incubadora do NERBE/AEBAL

Responsáveis pela associação empresarial alentejana querem mais investimento público em infraestruturas no Baixo Alentejo

13 empresas de setores como a aeronáutica, tecnologias de informação, alimentar ou tratamento e gestão de água têm um espaço à sua espera no novo Centro de Incubação de Base Tecnológica do NERBE/AEBAL – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral, que foi inaugurado no dia 10 de Novembro, em Beja.

Na sessão, que foi presidida por Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, os responsáveis pela associação empresarial do Baixo Alentejo aproveitaram para pedir mais investimento público na região, nomeadamente ao nível de infraestruturas.

O CIBT NERBE – Centro de Incubação de Base Tecnológica, nasceu da remodelação, readaptação e requalificação de um espaço de cerca de 650 metros quadrados nas instalações do NERBE/AEBAL, distribuído por dois pisos, onde se instalarão empresas e empreendedores.

Esta incubadora tem «capacidade para 13 empresas incubadas, sala de coworking para 6 postos de trabalho, salas de reunião e espaços sociais» e resulta de uma parceria com o CEBAL – Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro-Alimentar do Alentejo, o COTR – Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio e o Instituto Politécnico de Beja.

 

 

Acabada de inaugurar a 1ª fase do projeto, o NERBE/AEBAL já pensa na segunda fase, «que terá uma área de aproximadamente 1300 metros quadrados, capacidade para alojar mais 18 empresas que serão apoiadas por zonas de reunião, um minianfiteatro, zonas polivalentes, copa e zona de refeições», segundo a associação empresarial.

Também está prevista a criação de uma zona de jogos e convívio e um jardim exterior com 230 metros quadrados que, além de ser uma zona exterior multifuncional, «representa ainda uma fonte de luz natural tão importante do ponto de vista energético como para o conforto humano».

«Na sua cobertura o CIBT NERBE terá um importante ponto de captação das águas da chuva com as quais regará as zonas jardinadas e utilizará nas instalações sanitárias. Captará ainda a luz solar que transformará em eletricidade para seu benefício próprio reduzindo assim as suas emissões de carbono», acrescentou o NERBE/AEBAL.

Este projeto foi apresentado na sessão da passada quinta-feira por David Simão, presidente da associação empresarial, que aproveitou para pedir «mais investimentos estruturantes» para a região, considerando preocupante o atraso na concretização de alguns investimentos já prometidos, como a demora «na eletrificação da ferrovia de Casa Branca», mas também na «renovação do IP8, que no estado atual dificulta a captação de investimento, população e investimento para o território, como todos os dias mete em causa a viabilização dos negócios das empresas instaladas».

«A criação de verdadeiras redes viárias, investimentos estruturantes no Alentejo, assume-se como fator de coesão e de eficiência para a viabilização de investimentos já realizados no território», acredita David Simão.

 

 

Filipe Fialho Pombeiro, presidente da Assembleia Geral do NERBE/AEBAL, também aproveitou para pedir mais investimento público para o Baixo Alentejo, afirmando que «não podemos continuar com as infraestruturas que temos».

«Enquanto região, estamos numa situação em que precisamos de investimento público do Governo Central. Com o nível de investimento privado que temos e com o nível de economia que temos, não podemos continuar com as mesmas infraestruturas», defendeu.

A ministra Ana Abrunhosa não prometeu mais infraestruturas, mas assegurou que os programas operacionais regionais em curso, no âmbito do programa Portugal 2020, vão ser executados «na plenitude» e «até ao último cêntimo».

«Enquanto responsável pelos programas operacionais, posso dizer que continuamos a trabalhar com a garantia, dada pelos presidentes das comissões de coordenação e desenvolvimento regional, que aproveitaremos [as dotações] até ao último cêntimo», acrescentou a governante.

 

Fotos: NERBE/AEBAL

 

 

 



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